Preços dos alimentos devem continuar em alta por mais 10 anos, diz FAO
A alta será consequência, segundo a FAO, do aumento da demanda e dos custos de produção e da desaceleração do aumento da produtividade rural. Este cenário poderá beneficiar o Brasil, visto que já se registra um recuo na produção da Europa e um aumento pouco significativo nos Estados Unidos.
A expectativa é essa mesmo com o órgão prevendo também o fim do "crescimento espetacular" da safra de soja no Brasil e na Argentina. O que o boletim afirma, no entanto, é que os dois países continuarão registrandos sólidos incrementos na produção de oleaginosas, cereais e carnes.
O relatório diz ainda que o crescimento da produção agrícola vai recuar, entre 2011 e 2020, para 1,7% ao ano, ante 2,6%/ano na década anterior. Aumentos menores serão registrados na maioria dos produtos, mas especialmente nas oleaginosas e nos grãos forrageiros, por causa do aumento dos custos de produção e da desaceleração nos ganhos de produtividade. O setor pecuário deve crescer 0,7% ao ano.