Ban Ki-moon diz que desmatamento na Amazônia é problema global

Publicado em 17/06/2011 19:00
(da agencia EFE)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta sexta-feira que o desmatamento da Amazônia é um problema que preocupa e envolve toda a comunidade internacional. Hoje ele concluiu a visita ao Brasil que encerrou sua viagem pela América do Sul.

"Não se trata de um assunto que afete somente o Brasil, mas o mundo inteiro", disse Ban em entrevista coletiva, pouco antes de retornar a Nova York, onde fica a sede das Nações Unidas.

Sérgio Lima/Folhapress
Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon é recebido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira
Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon é recebido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira

O secretário explicou que a forma como Brasil, que possui a maior parte da região amazônica, lida com os processos de desenvolvimento nessa região e com a manutenção das florestas é observada com atendimento pelo mundo, já que a poluição global responde por 20% das emissões de gases poluentes.

O secretário-geral e candidato à reeleição no cargo, explicou que esse assunto foi um dos eixos da entrevista que teve hoje com a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira.

Também disse estar convencido que a proteção da Amazônia será um dos assuntos centrais da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentado (Rio+20), que será realizada no início do próximo ano no Rio de Janeiro.

Segundo Ban, Rio+20 será "o evento mais importante das Nações Unidas em 2012" e, embora suas discussões não resultarão em acordos vinculativos, a conferência produzirá diversas "recomendações práticas" e sugestões para uma maior proteção do planeta.

O secretário-geral disse também que hoje, durante um encontro com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, se discutiu a possível realização de uma conferência sobre as experiências brasileiras nessa matéria.

Ban disse que a ideia seria realizar esse encontro no Brasil, com a participação de representantes de 70 países em desenvolvimento, onde apresentariam os programas que o governo brasileiro pôs em prática nos últimos anos, que permitiram melhorar a vida de milhões de pessoas.

Pouco antes da entrevista coletiva, Ban Ki-moon foi informado que o Conselho de Segurança da ONU apoiou de forma unânime suas aspirações de exercer um segundo mandato como secretário-geral.

"Estou muito motivado para continuar com o trabalho que começamos junto aos Estados-membros em 2007", declarou Ban, que avaliou em forma especial o apoio que recebeu da Colômbia, Argentina, Uruguai e Brasil, os quatro países que visitou na última semana.

No g1:

DILMA AFIRMA QUE NÃO VAI COMPACTUAR COM DESMATAMENTO 

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira (17) durante lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011-2012 que as políticas de desenvolvimento da produtividade no campo estejam alinhadas ao respeito com o meio-ambiente.

“Um país que quer ser potência agrícola, tem que de ser também potência ambiental”, disse. “Não vamos compactuar com o desmatamento e achamos que nem a agricultura brasileira nem a pecuária precisam disso.”

Presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Agrícola e Pecuário 2011-2012 nesta sexta-feira (17) em Ribeirão Preto (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Presidente Dilma disse que não acredita que "os ruralista sejam a favor de desmatamento sem restrição e de anistia para desmatamentos ilegais", durante lançamento do Plano Agrícola e Pecuário em Ribeirão Preto (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

Num evento que contou com a presença dos principais representantes da cadeia agrícola e pecuária do país, a presidente anunciou o plano para a safra 2011-2012, que prevê R$ 107,2 bilhões de crédito para a agricultura comercial, um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior.

“Não acredito que os ruralistas sejam a favor de desmatamento sem restrição e de anistia para desmatamentos ilegais”, destacou . “É possível sim ter um compromisso com o meio-ambiente, não deixar desmatar esse país e, ao mesmo tempo, ter um compromisso inarredável com a agricultura e a pecuária.”

Como exemplo de que programas sustentáveis podem estar ligados diretamente à produtividade, Dilma citou linhas de crédito especiais para a pecuária que preveem a recuperação de pastagens, melhoria do rebanho e que permitirão tanto o aumento da produtividade como a rotatividade das áreas.

O objetivo do plano é elevar a produtividade do setor e a modernização, ampliando e incentivando práticas de sustentabilidade e de diversificação das lavouras. Dos R$ 107,2 bilhões totais, R$ 80,2 são destinados ao custeio e comercialização; R$ 20,5 para investimentos; e R$ 6,5 bilhões para linhas especiais para a pecuária, o setor sucroenergético e citricultura.

Segundo a presisente Dilma, 80% do total dos recursos serão oferecidos a juros de até 6,75% ao ano. “Isso significa juro próximo de zero. São juros compatíveis com os praticados no mercado internacional e significa que vamos dar as mesmas armas para competirem lá fora e aqui dentro.”

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Fonte:
EFE + G1.com.br

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Os "verdes" dominam até na chefia da ONU. Que a entidade dava guarida ao IPCC já se sabia, propagando a falácia aquecimentista. Mas vir aqui e debaixo da saia dos nossos vigaristas nos pregar moral, já é demais. Onde está a diplomacia brasileira, onde ficou a "autodeterminação" dos povos? Um estrangeiro não se intimida para passar uma regulagem no povo alheio, somente quando coberto pela conivencia de grupos traidores desse povo. É o deve estar acontecendo... com a ridícula crendice "amazonia é o pulmão do mundo" demonstram que não aprenderam as elementares aulas de ciencias no primario sobre a fotossintese. Ainda com a CNBB ajudando...

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