Default (calote) da Grécia precisa ser evitado, diz Eurogroup
Juncker avalia que os governos da zona do euro terão de agir cuidadosamente para encontrar uma solução que evite o risco de default, porque isso pode disparar automaticamente a não aceitação do Banco Central Europeu como colateral da Grécia. "Se os governos da zona do euro fizerem a opção errada, o temor de contágio é substancial", afirmou Juncker.
O ministro da zona do euro explicou que a ideia era oferecer uma taxa de juros que estimulasse o governo grego a aumentar seus esforços de austeridade. "Teremos de ver com o tempo se eles podem mudar, mas esse não é o maior problema agora", afirma o diretor do Eurogroup. Além disso, a autoridade europeia acredita que qualquer tipo de ajuda para a Grécia deve "dar esperanças" aos gregos a voltar a acreditar que a economia está crescendo novamente e as condições de vida melhorando.
Juncker reconheceu que, até o momento, o governo grego fez enormes esforços e pediu que a União Europeia ajuste suas regras internas para que a Grécia não tenha de contribuir com o custo dos programas sociais da UE para o país. "Esse pode ser um tipo de argumento para a Grécia. O país pode aproveitar as vantagens dessa política para desenvolver sua infraestrutura e aumentar seu potencial de crescimento", concluiu o diretor do Eurogroup.
Ministro Irlandês se diz preocupado com efeito da ajuda à Grécia
Luxemburgo - O ministro de Finanças da Irlanda, Michael Noonan, disse que qualquer solução adotada para garantir o auxílio financeiro à Grécia deve evitar efeitos prejudiciais a outros países em situação delicada - caso da própria Irlanda e de Portugal."Numa linguagem muito simples, não queremos efeitos secundários de um acordo grego que sejam contrários aos interesses da Irlanda", disse Noonan enquanto se dirigia para uma reunião com outros ministros de Finanças da zona do euro. "Minha expectativa é de que hoje à noite comecemos o processo para encontrar uma solução para o problema grego", acrescentou Noonan