Bovespa sobe 3,79% e passa a acumular ganho na semana

Publicado em 11/08/2011 19:18


Bolsa brasileira registrou o terceiro dia consecutivo de alta, apagando as perdas de segunda-feira

Painel da Bovespa com índices de ações

Ações das siderúrgicas ajudaram a impulsionar o Ibovespa nesta quinta-feira (Alessandro Shinoda/Folhapress)

A trégua no mercado externo nesta quinta-feira favoreceu mais um dia de recomposição na Bolsa de Valores de São Paulo, que engatou seu terceiro pregão seguido de alta. Neste período, o índice Bovespa avançou pouco mais de 9%, apagando com alguma sobra a perda de 8,08% registrada na segunda-feira. As altas foram disseminadas pelos papéis, com destaque para as siderúrgicas.

O Ibovespa terminou o pregão com ganho de 3,79%, aos 53.343,11 pontos. Na mínima, registrou 51.398 pontos (+0,01%) e, na máxima, 53.724 pontos (+4,53%). Com o resultado, o índice acumula ganho de 9,60% nestes três dias de alta e, na semana, avanço de 0,74%. No mês, entretanto, a Bolsa ainda mostra desvalorização de 9,32% e, no ano, de 23,03%. O giro financeiro totalizou 8,450 bilhões de reais.

A alta no exterior que "segurou" o mercado no Brasil foi puxada pelos dados dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, pelo balanço da Cisco e pelos rumores de que seriam proibidas as vendas a descoberto de ações na Europa.

Aqui, a recomposição das carteiras por investidores institucionais também ajudou a sustentar os ganhos. Essa alocação, segundo uma fonte do mercado de renda variável, favorece principalmente as ações voltadas ao mercado doméstico, como as de construtoras, varejistas e bancos. As construtoras, por sinal, tiveram ótimo desempenho nesta quinta-feira na Bolsa, enquanto as siderúrgicas lideraram as altas do índice, ante um claro movimento de recuperação das perdas acumuladas em 2011. Usiminas ON, com alta de 14%, liderou os ganhos do Ibovespa, seguida por Usiminas PNA, com apreciação de 13,15%. Também se destacaram Gerdau PN (10,35%) e Metalúrgica Gerdau PN (9,95%). CSN ON, por fom,  avançou 8,44%.

No exterior, a notícia que mais agradou os investidores, embora não tenha sido confirmada, foi a de que seriam proibidas as vendas de ações a descoberto – vendas realizadas sem que o investidor possua, de fato, o ativo – na Europa. A Itália deve se decidir nesta sexta-feira sobre o assunto e o Reino Unido negou que adotará tal regulamentação. Mesmo assim, os mercados se animaram e subiram, ainda estimulados pelo dado que mostrou uma queda de 7 mil no número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, para 395 mil, na semana passada.

Estados Unidos e Europa – A Bolsa de Nova York fechou em forte alta nesta quinta-feira, em uma nova retomada, desta vez impulsionada por compras de ações do setor bancário e as notícias mais positivas d economia. O índice Dow Jones terminou o pregão com ganho de 3,95%, aos 11.143,31 pontos; o S&P-500 avançou 4,63%, aos 1.172,64 pontos; e o Nasdaq subiu 4,69%, aos 2.492,68 pontos. As ações da Cisco Systems subiram 15,95%, depois de a empresa ter entregue lucro acima das previsões.

Na Europa, os principais índices do mercado de ações fecharam em forte alta, puxados pelo avanço nos papéis de bancos. Londres, +3,11%, Paris, +2,89%, e Frankfurt, +3,28%.

Agência japonesa eleva nota de crédito do Brasil

R&I justificou a decisão, entre outros pontos, pela expansão da classe média no país, com consequente formação de um mercado interno robusto

prédio em construção em Brasília

Para agência japonesa, vigor do mercado interno reduz risco do país (Cristiano Mariz/Você S.A.)

A agência de classificação de risco japonesa R&I elevou a nota de crédito dos títulos soberanos brasileiros nesta quinta-feira de BBB- para BBB, o segundo nível dos países considerados “grau de investimento”, com perspectiva estável.

A agência destacou, em comunicado ao mercado, que um dos pontos que contribuiu para a melhora do rating foi a significativa expansão da classe média no país, com consequente formação de um mercado interno robusto, com alto poder de consumo.

A R&I também citou a diminuição do risco de a economia brasileira sofrer impactos mais profundos com o turbulento ambiente externo, a rápida recuperação da crise de 2008 e o compromisso fiscal do governo. Entre os desafios a serem vencidos, a agência menciona a necessidade de aumento da poupança doméstica e a continuidade da mitigação de pressões inflacionárias.

O Brasil tem o segundo grau de investimento em quatro agências internacionais. Além da japonesa, também atribuem a nota ao Brasil a Fitch, a Moody's e a JCR. Já para a Standard & Poor's, o país está no primeiro grau de investimento, com perspectiva positiva.

Governo – Tesouro Nacional divulgou uma nota comemorando o fato. “O fato dessa elevação no crédito soberano vir num momento de extrema volatilidade dos mercados financeiros internacionais demonstra a solidez da gestão da política econômica brasileira”, diz o texto.

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veja.com.br

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