PR (Partido da República) deixa a base do Governo

Publicado em 16/08/2011 19:50

O ex-ministro dos Transportes e senador Alfredo Nascimento anunciou na tarde desta terça-feira, 16, a saída do partido que preside, o PR, da base aliada do governo Dilma Rousseff. O anúncio aconteceu em sessão plenária do Senado Federal.

Segundo Nascimento, o partido adota a partir de agora uma posição de independência do governo e entrega todos os cargos que detém no governo. “Não é aceitável que sejamos tratados como aliados de pouca categoria, fisiológicos e oportunistas”, declarou Nascimento.

O senador pede que as denúncias contra a atuação de seu partido no Ministério dos Transportes sejam investigadas, mas afirma, por outro lado, que sejam dadas condições de ampla defesa aos acusados.

Ao entregar os cargos e deixar o governo, diz Nascimento, “reiteramos o nosso compromisso com o Brasil.”

Embora tenha saído da base, o ex-ministro afirmou que o partido não adotará postura contra o governo no Congresso.

"Não fazemos política cultivando ressentimentos, mas também não abrimos mão da construção e manutenção de relações de confiança, respeito e lealdade junto àqueles a quem emprestamos o nosso apoio".

Antes do anúncio, Nascimento foi pressionado por correligionários para desistir de anunciar a saída da base. Um dos mais contrariados era o senador Magno Malta (PR-ES).

Não sou criança para ficar mudando de posição. Eu sou da base do governo. Já saímos do bloco de apoio do governo no Senado, não sou criança para anunciar outra coisa agora", afirmou Malta, antes do pronunciamento de Nascimento.

Aliado do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o PR possui seis senadores e 42 deputados na atual legislatura.

"Passado tanto tempo, e tendo prestado tantos serviços, não é aceitável que sejamos tratados como aliados de pouca categoria, fisiológicos e oportunistas", afirmou Nascimento, que deixou o Ministério dos Transportes no mês passado após suspeitas de irregularidades na pasta.

Após as suspeitas, o governo realizou uma espécie de "limpeza" na pasta, demitindo indicados políticos no ministério e também na Valec (estatal de ferrovia) e no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes).

“Vossa Excelência está abrindo mão das benesses do governo”, aplaude o senador José Agripino (DEM-RN). “Essa atitude é uma atitude democrática”, completou.

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Fonte:
O Estado de S. Paulo

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