Estadão: Delator de esquema no Esporte afirma que negociou silêncio com ministro

Publicado em 18/10/2011 03:49 e atualizado em 18/10/2011 07:12
João Dias Ferreira revela ao ‘Estado’ detalhes de reunião ocorrida em março de 2008 para evitar que ele denunciasse esquema de desvios nos convênios do Segundo Tempo
Em entrevista exclusiva ao Estado, antecipada no estadao.com.br, o policial militar João Dias Ferreira contradisse a versão do ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), sobre o encontro entre os dois e deu mais detalhes do esquema de corrupção na pasta. Ferreira afirmou que o ministro propôs pessoalmente, numa reunião em março de 2008 na sede do ministério, um acordo para que os desvios de verba envolvendo o Programa Segundo Tempo não fossem denunciados. O ministro havia dito que eles se encontraram uma única vez entre 2004 e 2005.

“O encontro foi na sala de reunião dele, no sétimo andar do ministério”, detalhou o policial. Na segunda-feira, 17, ao saber das novas declarações de Ferreira, o ministro Orlando Silva manteve a versão do único encontro com o policial e ex-militante. “É mais uma calúnia. Ele não tem como provar isso (a reunião em 2008)”, disse Orlando ao Estado.

O ministro afirmou ter se encontrado com Ferreira quando era secretário executivo de Agnelo Queiroz - hoje governador do Distrito Federal pelo PT e então o ministro do Esporte - para discutir convênios das entidades dirigidas pelo policial com o Ministério do Esporte. “Foi a única vez que encontrei essa pessoa”, disse Orlando Silva.

Confira a íntegra da notícia no jornal O Estado de S.Paulo

Para Serra, denúncias decorrem de 'brutal centralização'

O ex-governador de São Paulo José Serra avaliou hoje que as denúncias sobre um suposto esquema de irregularidades no Ministério do Esporte envolvendo o ministro Orlando Silva (PCdoB) decorrem de uma "centralização descomunal" do governo federal na aplicação de recursos. O tucano ressaltou que as recentes denúncias já haviam sido noticiadas pela imprensa nos últimos anos e que o governo federal não agiu em prol de uma investigação. "Isso é reflexo de uma brutal centralização que tem ocorrido no Brasil nos últimos anos", afirmou. "Uma centralização descomunal, que facilita a manipulação e o loteamento", acrescentou.

Confira a íntegra da notícia no jornal O Estado de S.Paulo

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Fonte:
O Estado de S. Paulo

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