Cientistas debatem impacto dos incêndios florestais no meio ambiente

Publicado em 24/10/2011 06:37
As comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização (CMA) realizam audiência conjunta na próxima terça-feira (25), a partir das 14h, para discutir os impactos dos incêndios florestais no meio ambiente e na produção agrícola.

A reunião foi requerida por sugestão dos senadores Jorge Viana (PT-AC), Rodrigo Rollemberg (PDT-DF), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Eduardo Braga (PMDB-AM) devido ao grande número de incêndios e queimadas registrados nos últimos meses em todo o país.

Os especialistas debaterão formas de prevenção e políticas públicas sobre o assunto. Uma das preocupações dos senadores é o aumento da emissão de carbono provocado pelas queimadas. No Brasil, os incêndios florestais são os principais responsáveis pela liberação na atmosfera dos gases causadores do efeito estufa.

Foram convidados para o debate o pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (Servamb), Irving Forster Brown; a professora do Departamento de Ecologia da Universidade de São Paulo (USP) Vânia Pivello; o professor do Departamento de Ecologia da USP Leopoldo Coutinho; e o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Ferreira de Souza Dias.

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Fonte:
Agência Senado

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4 comentários

  • Flávio Pompei Uberaba - MG

    Os biomas do Brasil Central (Cerrados) nos últimos milhões de anos raramente passaram 4 anos sucessivos sem um fogo natural. A combustão espontânea, que sempre existiu nos cerrados, deriva do acúmulo de matéria seca durante 2 a 3 anos sem fogo natural. Como durante 6 meses em média (de fins de abril a meados de outubro) a umidade relativa do ar abaixa muito, e se mantém baixa por muito tempo, isso seca demais a vegetação rasteira típica dos cerrados. Quando essa umidade relativa se mantém por muito tempo abaixo de 30% e até como os desertos (abaixo de 25%), as pré-condições para o fogo espontâneo estão pronta. Basta um vento forte para atritar fortemente a vegetação e o fogo "aparece. Ora essa frequência de fogo natural dos cerrados é uma condição climática sobre a qual nós humanos não temos controle. S quiserem controlar e diminuir os desastres do fogo natural é indispensável queimar controladamente o mato nos meses mais frios e de condições menos adequadas à propagação do fogo natural, isto é, nos meses de maio, junho e julho.

    E tão cedo não haverá "ciência" que consiga controlar os clima típico dos cerrados. Por isso, o importante é que nós brasileiros saibamos administrar os eventos sem confrontá-lo e sem nos embalarmos na pseudociência ambiental gerada em países de ambiente sub-tropical. Com política ou sem ela, com ciência ou sem ela, os cerrados continuarão queimando naturalmente pelo menos uma vez a cada 3 a 5 anos. Especialmente os produtores de cana em ambiente de cerrados já começaram a entender essa lição da natureza e estão cuidando melhor da palhada na colheita mecanizada. Ou aprendemos com a natureza ou ela porá um fogo no cerrados a cada ciclo de 3 a 5 anos. Espero que os bons políticos aprendam isso, porque a maioria sei que continuará neófita no assunto e fazendo PoliTicagem....

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Convidaram cientistas ou poetas delirantes? Espero estar enganado entretanto a ladainha de emissão de carbono já denuncia tudo. Todo ano no planeta Terra são emitidas de 160 a 240 bilhões de t de CO2. As emissões causadas pela vida humana mal apenas chegam a seis (6) bilhões de t, a grosso modo são dois (2) a quatro (4) por cento (%) do total. Reduzir 10 a 20 % a parcela causada pela vida humana com agricultura, queimadas, petróleo, carvão etc... etc... não adianta nada. Podem zera-la que não adianta. Todo abobalhamento midiático feito pelos ambientalóides é puramente comercial. O Pior é que os nossos próprios representantes não aprofundam seu conhecimento sobre o assunto.

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  • Alberto Batista da Silva Frutal - MG

    Partindo pela prática, veremos que, quando deixamos o gado nas áreas de reserva, eles comem o capim ali existente não deixando que ele cresça, quando o fogo entra, corre rapidamente, diminuindo o impácto ambiental. Quem sabe amanhã no senado alguem pensa na prática. O Brasil está cheio de capim nas florestas, cerrados, campos, áreas de reserva e APPS, a presença do gado nelas só vem ajudar, desde que em quantidades certas é claro.

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  • Giovanni Rezende Colinas do Tocantins - TO

    É bom lembrar que vários dos incendios tem causas involuntárias. Propagandas de prevenção e estrutura para combate eficiente de incêndios

    tem de ser criadas. Educação Ambiental também é essencial para diminuir incêndios no médio e longo prazo. A flora pode até ser beneficiada de alguma forma, mas a fauna e a microfauna, acredito que não.

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