Perdura a disparada do algodão no mercado interno

Publicado em 26/08/2010 07:36

Apesar da retração das cotações do algodão na bolsa de Nova York, os preços no mercado doméstico continuam subindo fortemente. Ontem, o indicador Cepea/Esalq teve valorização de 2,57% e extrapolou a casa dos 200 centavos de reais, fechando em 205,84 centavos de reais por libra-peso. No mês, a valorização da commodity no mercado interno acumula 26,15%, segundo o mesmo indicador.

No início deste ano, o mercado já tinha a visão global de que no mundo a oferta estava muito justa com a demanda. A escassez se agravou com a quebra de safra no Paquistão, que foi afetada por inundações, e no Brasil, que padeceu de falta de chuva na fase de desenvolvimento da planta.

As últimas estimativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) eram de uma produção de 1,1 milhão de toneladas de algodão em pluma na safra 2009/10, cuja colheita está em finalização, ante a previsão inicial de 1,28 milhão de toneladas. Com uma exportação de 300 mil toneladas e um consumo interno de 1 milhão de toneladas, o Brasil deve precisar importar, portanto, pelo menos 200 mil toneladas.

Há ainda um problema adicional que é o atraso na colheita e na entrega do algodão às tradings, que está potencializando essa alta de preço no mercado interno. Em Primavera do Leste, uma importante região produtora da commodity em Mato Grosso, os preços estão em franca ascensão. Ontem, fecharam em R$ 63,6 a arroba, alta de 1,9% no dia, e de 24,2% no mês, segundo o Imea/Famato.

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Fonte:
Valor Econômico

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