Safra mineira de algodão mantém ritmo de crescimento
No ano passado, os produtores plantaram estimulados pelo preço da pluma, cotada a R$ 120 a arroba (15 kg), bem acima da cotação média na safra anterior, que estava em torno de R$ 40. “Este preço estimulou o produtor a investir na cultura, resultando num crescimento de 115% na área plantada em relação à safra de 2009/2010. Para a próxima safra que começa a ser plantada nos meses de outubro e novembro, a tendência de crescimento se mantém. Os produtores mineiros podem ser influenciados pelo mercado internacional, tendo em vista as condições climáticas desfavoráveis que atingiram as lavouras em alguns dos principais países produtores”, informa Lício Pena.
“A passagem do furacão Irene pela Costa Leste dos Estados Unidos, onde estão concentrados quase 10% da produção norte-americana, e o excesso de chuvas no Paquistão contribuíram para a redução da oferta do algodão no mercado mundial. Esses países ocupam, respectivamente, o terceiro e o quarto lugares no ranking dos principais produtores”, explica o Superintendente de Política e Economia Política Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez.
Na avaliação do superintendente, a conjuntura internacional sinaliza um cenário positivo para os produtores mineiros, com mercado firme e manutenção de preços favoráveis ao setor produtivo. “O Brasil é o primeiro país a fazer a colheita e essas interferências climáticas nos países produtores, bem próximas da nossa época de fazer o plantio da próxima safra, garante um cenário positivo para a cotonicultura no Estado”, confirma o diretor da Amipa.
Proalminas
O aumento da produção de algodão no Estado é um dos objetivos do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), coordenado pela Seapa. O programa garante a aquisição de toda a produção pelas indústrias têxteis. De acordo com o superintendente da Seapa, o Proalminas assegura, também, que a produção seja comercializada ao preço de mercado estabelecido pela Bolsa Cepea/Esalq, com acréscimo de 7,85%. As principais regiões produtoras do Estado são o Noroeste e o Triângulo Mineiro.