Que vergonha, senadora Kátia Abreu! (A senadora anuncia apoio oficial à Dilma)

Publicado em 16/08/2014 04:29 e atualizado em 19/08/2014 15:26
por Rodrigo Constantino, de veja. com.br (+ Reinaldo Azevedo: "Marina: já está em curso a construção da “ungida” que não negocia… Isso é péssimo!")

Que vergonha, senadora Kátia Abreu!

No dia 12 de agosto a senadora Kátia Abreu postou em sua página oficial do Facebook a seguinte mensagem e foto:

A presidente Dilma Rousseff sempre manteve as portas abertas para todos os setores. Ela comprova que oferecer políticas adequadas, construídas a partir do diálogo, é fundamental para promover o crescimento do País. Por isso, o meu apoio incondicional para presidente do Brasil é para Dilma, a mulher que seguiu mudando o Brasil e agora também vai nos ajudar a transformar o nosso querido Tocantins.

Katia Abreu

Que papelão, dona Kátia! Portas abertas? Estamos falando da mesma pessoa, a presidente Dilma, aquela que é conhecida por sua arrogância e sua agressividade em reuniões? Aquela que se reúne com 30 grandes empresários e acha que isso é “escutar o mercado”? Aquela que usou o BNDES para a seleção dos “campeões nacionais” e acabou produzindo um fenômeno como Eike Batista, fazendo ainda com que os grandes empresários “investissem” em lobby em vez de produtividade?

Políticas adequadas por meio de diálogos? Só se for o “diálogo” dela com ela mesma em frente a um espelho! Que políticas adequadas foram essas, que trouxeram nossa economia à beira do abismo, com estagnação do crescimento e elevada inflação, além de setores importantes totalmente desorganizados e com rombos bilionários?

Seu apoio é “incondicional”, senadora? Quer dizer que não importa a quantidade de “malfeitos” que vêm à tona, os infindáveis escândalos, a aliança com o que há de mais nefasto na geopolítica, que Dilma poderá contar sempre com seu entusiasmado apoio?

Dilma, a mulher que mudou o país? De fato, mas para pior! Ou a senadora acha que as coisas vão bem por aqui? Quer defender o voto em Dilma para “continuar mudando”? Até chegarmos no modelo argentino ou venezuelano? É isso que o Brasil precisa?

Senadora, compreendo seu medo de Marina Silva, agora a provável candidata após a trágica e infeliz morte de Eduardo Campos. Compreendo, ainda, os limites da política partidária nesse país, e sua dificuldade em compor com o PSDB de Aécio Neves, caminho natural para alguém que sempre defendeu o que a senhora defendeu em seus discursos, artigos e mesmo prática política.

Mas não posso aceitar ou perdoar uma traição dessas! Saiba que muitos brasileiros de direita, defensores da propriedade privada, inclusive rural, que combateram sempre a ameaça socialista, os invasores do MST, as lideranças “indígenas” que colocam em risco muitas fazendas, tinham em sua pessoa uma esperança. Alguns chegavam a imaginá-la uma espécie de Thatcher tupiniquim.

Como defendê-la agora? Como explicar para essa gente toda suas palavras e ações? Como dizer que aquela Kátia Abreu, outrora uma firme combatente em nome do capitalismo e da economia de mercado, debandou-se para o lado de lá, apoiando com tanta paixão um partido golpista, do Foro de São Paulo, camarada da ditadura cubana, irmão dos invasores do MST?

Eu não consigo, confesso. Posso apenas lamentar profundamente sua guinada rumo ao que há de pior na política nacional. O Brasil continua em busca de uma estadista…

Rodrigo Constantino

Kátia Abreu: quantas existem?

Kátia Abreu: critica o bolivarianismo com uma mão e o afaga com a outra.

Condenei ontem aqui o apoio lamentável que a senadora Kátia Abreu declarou à reeleição de Dilma esta semana, afirmando que seria um passo fundamental para preservar o “avanço” do país. Chamei inclusive de traição tal apoio “incondicional”, pois vai contra tudo aquilo que a própria senadora sempre pregou em seus discursos.

Pois bem: eis que abro o jornal hoje e deparo com sua coluna irretocável. Trata-se de um veemente ataque ao bolivarianismo, à insistência de nossa esquerda na idolatria a um modelo fracassado como o cubano. Eu não mudaria uma vírgula de seu texto, que diz, entre outras, coisas assim:

O peso da realidade mais uma vez se impôs, como se pessoas e partidos políticos nada tivessem aprendido com as experiências soviética, do Leste Europeu, da China maoista e de outros países. A fantasia tornou-se o fantasma que assombra a América Latina e, infelizmente, certos partidos políticos entre nós.

Cuba, farol dessa esquerda retrógrada, é um país empobrecido que, em seus melhores momentos, viveu somente da mesada da ex-União Soviética. Posteriormente, sua mesada foi substituída pelo petróleo barato enviado pelo ex-ditador Hugo Chávez.

[...]

A Venezuela inovou em seu socialismo. Em vez da conquista violenta do poder, optou por eleições que têm como único objetivo subverter a democracia por meios democráticos. Conseguiu, dessa maneira, captar a simpatia dos comunistas/socialistas brasileiros, em falta de ideias e orientação.

[...]

A Argentina, em sua muito especial mescla de peronismo e bolivarianismo, está levando o populismo econômico a seu grau máximo de radicalização, acompanhado de severas restrições à liberdade de imprensa e dos meios de comunicação em geral.

[...]

O comércio, que deveria ser o eixo-mor dessa associação, tornou-se completamente secundário, como se não fosse ele o seu objetivo central. As reuniões do Mercosul converteram-se em simples fóruns inúteis, palcos de agressivos discursos antieconomia de mercado ou anti-Estados Unidos, segundo a cartilha anti-imperialista.

[...]

Urge que o(a) próximo(a) presidente da República reveja as orientações que têm presidido a nossa política externa. Entre elas, impõe-se que essa entidade volte a ser um mercado comum, comercial, e não uma associação aduaneira.

Pergunto, perplexo: quem escreveu tais nobres linhas? A mesma que semana passada declarou apoio “incondicional” a Dilma? Mas não é a própria presidente Dilma e seu PT que representam a grande ameaça bolivariana em nosso país? Não é o PT que flerta com essa esquerda retrógrada? Não foi Dilma que afagou cheia de carinho o ditador Fidel Castro recentemente? Não é o PT que pertence ao Foro de São Paulo ao lado dessa turma toda?

Será que Kátia Abreu realmente acredita que a própria Dilma seria capaz de rever as orientações que têm presidido a nossa política externa? Que piada! Foi o próprio PT que transformou o Mercosul em uma piada internacional, um antro de antiamericanos terceiro-mundistas, uma camisa de força ideológica para nossa indústria.

Não entendo mais nada! Kátia Abreu, a senhora precisa procurar um especialista para verificar se, porventura, sofre de dupla personalidade ou algum grau de esquizofrenia. Digo isso com todo respeito, claro. É porque não parece razoável uma postura tão distinta em tão pouco tempo. De dia é uma coisa, de noite é outra? Em qual delas eu confio? A que combate o bolivarianismo e o MST, ou a que endossa a reeleição de Dilma? Pois as duas coisas juntas não é possível: uma nega a outra!

Decida-se, senadora: ou a senhora resgata seu histórico de luta pela economia de mercado, pela propriedade privada, ou a senhora fica ao lado de Dilma e do PT, pedindo votos para o projeto bolivariano em nosso país. Quem pretende atender a dois mestres não atende a nenhum!

Rodrigo Constantino

 

Folha: Novo cenário eleitoral reacende 'volta, Lula'

Alas do PT que temem derrota de Dilma caso candidatura de Marina seja confirmada já defendem retorno do ex-presidente

Se pesquisas apontarem situação desfavorável à presidente, pressão ficará incontrolável, avaliam dilmistas. O temor de que Marina Silva apareça nas próximas pesquisas eleitorais com chances reais de vitória reacendeu nos bastidores, ainda de forma tímida, o coro "volta, Lula'' entre um grupo de petistas.

A articulação que pedia o retorno do ex-presidente para a disputa de 2014 foi forte no primeiro semestre de 2013, mas acabou abafada no encontro nacional do PT, em maio, quando a sigla unificou o discurso em torno da candidatura de Dilma Rousseff.

Os principais defensores do "volta, Lula" eram empresários descontentes com o estilo intervencionista de Dilma e petistas que perderam espaço na atual gestão.

A mudança de planos não se concretizou porque, na avaliação do PT, mesmo nos piores momentos, como nos protestos de junho, Dilma nunca teve risco real de derrota. Agora, dilmistas temem que, se houver previsão de derrota, "o volta, Lula ficará incontrolável''. A avaliação é de alas petistas e não foi discutida com o ex-presidente.

Lulistas disseram à Folha que a adesão dependerá do resultado do Datafolha nesta segunda (18). Assessores da campanha preveem a volta das especulações caso Marina supere Aécio e bata Dilma num eventual segundo turno.

Pela lei, o candidato pode ser substituído até 20 dias antes do primeiro turno --prazo que acaba em 15 de setembro.

Após o acidente que matou o candidato do PSB, Eduardo Campos, na quarta (13), o PT fez um levantamento por telefone, que indicou Marina empatada com Aécio e Dilma oscilando negativamente.

Amigos de Lula disseram à Folha que ele não autorizou ninguém a tratar de sucessão até o enterro de Campos.

Além disso, dizem que é preciso aguardar passar o momento de comoção, já que a intenção de voto em Marina agora estará vitaminada, mas pode não se sustentar.

Opinião

‘Começar de novo’, um texto de Carlos Alberto Sardenberg

Publicado no Globo 

Há pesquisas eleitorais já prontas para divulgação, outras em campo. Não servem para mais nada. Marina Silva no lugar de Eduardo Campos muda o jogo na política e nas perspectivas econômicas.

Confirmada candidata a presidente, Marina pode obter entre 15% e 20% logo na primeira pesquisa. Com isso, chega nos calcanhares de Aécio Neves e torna praticamente inevitável o segundo turno.

O sentido da candidatura também muda. Sim, havia uma aliança, um acordo entre Campos e Marina, mas o candidato era o ex-governador de Pernambuco, com seu perfil: de esquerda e “amigável aos negócios”, como dizem os economistas para os líderes que se propõem a buscar justiça social no quadro do regime capitalista.

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Marina anuncia ao mundo que está sofrendo mais do que a viúva. Não dá!

Desculpem a crueza, mas não tenho paciência para mistificações. Leio na Folha a seguinte informação, de Mônica Bergamo. Prestem atenção. Volto em seguida.

A ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) telefonou ontem para Renata Campos, viúva do ex-presidenciável Eduardo Campos.
Foi a primeira vez que as duas se falaram depois do acidente que matou o ex-governador.
A conversa durou mais de uma hora e foi bastante emotiva.
Renata contou à candidata como estava cuidando dos filhos e como os quatro mais velhos tinham reações distintas diante da tragédia.
Houve momentos de descontração em que as duas rememoraram episódios divertidos da campanha.
De acordo com relatos que Marina fez a interlocutores, a viúva estava serena e firme, a ponto de consolar a ex-senadora.
“Eu quero te agradecer por você me dar esse momento. Eu liguei para te confortar e, na verdade, quem me confortou foi você com a sua tranquilidade e a sua força. Você é muito corajosa”, teria dito Marina.
De acordo com testemunhas, as duas não conversaram sobre campanha eleitoral.

Voltei
Não tenho dúvida de que Mônica Bergamo apurou exatamente o que está aí. Ocorrem-me algumas coisas. Vamos a elas:
1: era uma conversa privada, entre Marina e Renata;
2: Renata não falou com a imprensa, como se sabe;
3: logo, quem falou “a interlocutores”, que, por sua vez, falaram com a imprensa, foi… Marina Silva, este ser que flana acima do mundo, sem maldades.

Sinceramente… Eu estou entendendo direito ou Marina, segundo a informação divulgada por seus “interlocutores” pretende sofrer mais do que a viúva, mãe de cinco filhos. Não é preciso ser muito rigoroso para considerar indecoroso esse tipo de vazamento de “informação”. Não estou criticando a jornalista, não — até porque, quando acho que é o caso, critico. Cumpre a sua função e informa.

O que me incomoda, meus caros, é que Marina está, vamos dizer, se comportando como a viúva política. E viúvas, como se sabe, reivindicam, por força de sua condição, o espólio.

Com a devida vênia, esse tipo de informação me causa mais repulsa do que admiração.

Por Reinaldo Azevedo

 

A esquerda não sabe o que é inflação? Ou: Comparação esdrúxula entre PT e PSDB ganha a internet

Circula pela internet uma comparação entre o Brasil de hoje e aquele de 2002, herdado pelo governo do PT, que chama a atenção por uma das duas coisas, se não ambas: a ignorância econômica e/ou a incrível canalhice. Deixo ao leitor o direito inalienável de escolha. O escritor (ou crítico de cinema) Pablo Villaça, contumaz esquerdista e defensor do governo Dilma, reproduziu em sua página os dados e obteve mais de 12 mil curtidas. Qual o busílis?

Vários dados divulgados, para começo de conversa, são em reais nominais! Isso mesmo: essa turma está comparando uma coisa em moeda nominal em 2013 com outra de 2002, ignorando a inflação de mais de dez anos, em um país como o Brasil, durante um governo petista, que justamente relaxou no controle da inflação. É comparar banana com laranja. Eis a inflação no período, deliberadamente ignorada pela turma:

índice IPCA acumulado. Fonte: Bloomberg

índice IPCA acumulado. Fonte: Bloomberg

A inflação oficial nesse período foi de quase 90%. Ou seja, se o valor de alguma coisa, como o salário mínimo, dobrou de 2002 para 2013 em termos nominais, ele permaneceu praticamente inalterado em termos reais! Ter de explicar isso a alguém é realmente desanimador. O rapaz deve saber alguma coisa da língua portuguesa, mas pelo visto precisa de muita ajuda em matemática e finanças…

Mas não é “só” isso! Ele pega os dados de 2002 e finge não saber que muita coisa ruim ali contida se deve justamente ao “risco Lula”. As reservas cambiais, que o homem cita na lista de conquistas, evaporaram justamente porque houve forte fuga de capitais de investidores receosos com um eventual governo petista. Lula teve de escrever a famosa “Carta ao Povo Brasileiro” para acalmar os ânimos. Esqueceu?

Tem mais ainda: mencionar crescimento de qualquer rubrica na última década deixando de fora o fator China é realmente um espanto! Se o sujeito não achar que o PT é também o responsável pelo acelerado crescimento chinês, que tanto beneficiou o Brasil, o mínimo que a honestidade intelectual demanda é deixar claro que boa parte do avanço numérico se deu por fatores completamente alheios ao governo petista.

Para deixar isso evidente, bastaria comparar o nosso crescimento com o de outros países emergentes. O resultado seria um tanto diferente, e mostraria que o Brasil sob o PT, na verdade, é o lanterninha do grupo. Perdemos a grande oportunidade de crescer uns 5% ou mais ao ano, isso sim! O PT nos tirou essa chance com sua incompetência, seu intervencionismo, sua irresponsabilidade.

Villaça gostaria de comparar nesse período o Brasil do PT com o Peru, que fez várias reformas liberais, por exemplo? Não? Foi o que imaginei. E olha que nem disse algum país asiático qualquer, mais capitalista e com mais liberdade de mercado. Vejam o resultado:

Crescimento acumulado do PIB desde 2003 (base 100). Fonte: Bloomberg

Crescimento acumulado do PIB desde 2003 (base 100). Fonte: Bloomberg

O Peru cresceu mais de 70% no período, contra pouco mais de 40% do Brasil. Vamos comparar nosso desempenho com nossos pares globais? Que tal?

A cara de pau dessa gente, ao ignorar o relativo quando interessa, é tão grande que chega ao ponto de o IDH ser mencionado em termos absolutos, ou seja, qual a nossa nota geral, e não nosso lugar no ranking! Não é um espanto? O IDH brasileiro em 2002 estava em 73º lugar, duas posições acima da registrada no estudo anterior. O IDH em 2013 estava no 79º lugar, ou seja, perdemos seis posições, a despeito de toda a ajuda da China!

desaceleraçao

Em resumo, a estatística pode ser a arte de torturar números até que confessem qualquer coisa. Mas a esquerda defensora da era lulopetista ao menos poderia trabalhar melhor nos truques para iludir os incautos, não é mesmo? Feito assim, de forma tão grosseira, nem os mais dependentes de esmolas estatais vão acreditar que as coisas melhoraram tanto, mesmo com muita vontade de fazê-lo para justificar suas escolhas no fundo interesseiras e egoístas.

Rodrigo Constantino

 

Folha: Cenário eleitoral faz Petrobras subir 8%

Especulação sobre entrada de Marina Silva na disputa ajudou papel da estatal a ter maior alta em dez semanas

Vencimento de opções da empresa também colaborou para a valorização; Ibovespa subiu 2,12% ontem

Especulações sobre como ficará a corrida eleitoral após a morte do candidato Eduardo Campos (PSB) impulsionaram as ações da Petrobras nesta sexta-feira (15), que registraram o melhor desempenho diário em dez semanas.

Os papéis preferenciais --mais negociados e sem direito a voto-- da estatal terminaram o pregão com valorização de 7,85%, valendo R$ 20,06 cada um. Foi o maior avanço desde 6 de junho, quando ganhou 8,33%. Já as ações ordinárias da petroleira, com direito a voto, subiram 7,78%, a R$ 18,84.

A valorização da estatal ajudou o Ibovespa a ter alta de 2,12% nesta sexta-feira (15). Na semana, o principal índice da Bolsa subiu 2,5%, interrompendo uma sequência de duas perdas semanais.

O volume financeiro movimentado no dia ficou em R$ 6,931 bilhões --acima da média diária no mês de agosto, de R$ 5,995 bilhões.

Segundo analistas ouvidos pela Folha, a avaliação do mercado é que aumentaria muito a probabilidade de haver segundo turno na eleição presidencial de outubro se Marina Silva assumisse a liderança da chapa que era encabeçada por Campos.

"Ela tem uma força política muito maior que Campos. Um segundo turno reduz a chance de vitória da presidente Dilma Rousseff [PT], o que agrada aos investidores", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.

O mercado constantemente tem demonstrado insatisfação com a forma com que o atual governo tem gerido as estatais, especialmente em relação à demora para reajustar os preços dos combustíveis, no caso da Petrobras.

"Por isso, uma possível troca de governo dá ânimo à Bolsa. A alta das ações da Petrobras também foi estimulada pela proximidade do vencimento de opções, na segunda-feira", diz Machado.

Em relatório, o analista Roberto Altenhofen, da consultoria Empiricus (que recentemente teve campanha publicitária retirada da internet pelo TSE, a pedido da campanha de Dilma), mencionou um resumo do que tem sido ouvido de investidores, representantes de empresas listadas e gestores de recursos.

De acordo com a análise, "Marina é uma incógnita em alguns pontos, mas a percepção inicial do mercado é que traz uma equipe econômica gabaritada e seus conselheiros estão mais à direita do que a situação. Além disso, teria de aceitar alguns termos do PSB para a efetivação de sua campanha (e vice-versa), o que amenizaria as suas posições mais radicais".

Outro ponto relatado é que agrada o fato de Marina ter defendido o "tripé econômico" em evento com representantes do mercado de capitais. "Falamos isso ainda com o devido respeito que a situação exige e alertamos para a persistência de um elevado nível de incerteza."

Marina: já está em curso a construção da “ungida” que não negocia… Isso é péssimo!

Tudo aquilo de que o Brasil não precisava está em curso. Que coisa! Sou religioso, mas não místico. Não acredito em conjunção de fatores ditados por alguma força ou ente que nos empurrem para certo destino. Mas, às vezes, quase cedo à tentação. Logo, felizmente, passa. O misticismo é sempre uma forma de trapaça: ou as pessoas estão se enganando ou estão enganando os outros. Bem depressa, sou convocado pela razão.

Marina Silva ainda não é a candidata à Presidência da República da frente integrada pelo PSB. Mas, parece-me inescapável, será. Percebo todos os aspectos deletérios de sua figura pública conjugados nestes dois dias. E com que incrível saliência para o momento! Mais do que nunca, vemos sobressair a figura da ungida, daquela que parece ter sido enviada com uma missão que os mortais ainda ignoram, da eleita para trazer uma mensagem do além. O terreno onde se dissolvera o corpo de Eduardo Campos ainda fumegava, e ficamos sabendo, momento depois do acidente, que Marina deixara de embarcar no voo por alguma razão misteriosa. Seus adoradores costumam exaltar não seus dotes de visionária, mas as suas certezas de intuitiva. Que medo!

Hoje, sabemos ainda mais. Ela está realmente consternada — e por que não estaria? — e teria passado a noite em claro, em vigília, embora não em companhia da família, com quem ainda não havia conseguido falar. Por que Marina não chegou nem mesmo a ressonar, o que certamente fizeram os familiares de Campos, moídos pela dor e pela exaustão? Porque, supõe-se, ela mantinha um diálogo com um ente que só se manifesta aos escolhidos. Até Caetano Veloso vem a público expor a sua dor e nos recomendar: entreguemo-nos aos desígnios de Marina.

O país vive um momento delicado. Hoje, só as incertezas se adensam. Não precisamos de mais indefinições. No terreno nada místico, da “carnadura concreta” das coisas, como diria o poeta João Cabral de Melo Neto, somos informados de que Marina vai impor algumas condições para ser candidata. Uma delas é ter um vice de sua confiança. Dadas as circunstâncias e as diferenças de ideário entre ela e o PSB, o normal seria que acontecesse o contrário. Mas o ser político cuja reputação se avoluma quanto mais repudia a política sabe, sim, travar uma dura disputa no solo, embora pareça vinda do céu. Ou é como ela quer, ou não é de jeito nenhum!

Vou além: considerando que Marina Silva não é do PSB e que tem, é evidente, a chance de se eleger, o mais prudente seria que se comprometesse a permanecer no PSB os quatro próximos anos se eleita. Afinal, vai para uma campanha eleitoral sem que a esmagadora maioria dos eleitores saiba que está prestes a migrar para outro partido, cujo ideário é ainda desconhecido. Para quem diz prezar uma “nova política”, lamentando os vícios da “velha”, seria uma atitude bastante decorosa, não é mesmo?

Desde a redemocratização, o país passa por um dos momentos mais delicados de sua história. Infelizmente, percebo amplos setores da sociedade, inclusive da imprensa, tocados por certo “desejo de mudança”, ainda sem conteúdo. E isso, acreditem, por si, não é bom. O momento pede que Marina ofereça algumas certezas, não que cobre certezas de seus pares, o que só reforça o caráter olímpico de sua personalidade. Até porque esse distanciamento em relação aos mortais pode ser tudo, menos compatível com a democracia.

Fiquemos atentos!

Por Reinaldo Azevedo

 

Vem aí mais um livro melancia: os ecoterroristas encontraram refúgio no ambientalismo para atacar o capitalismo!

Naomi Klein: o ambientalismo é pretexto para agenda “progressista” autoritária

Melancias, o leitor já sabe, são aqueles verdes por fora, mas vermelhos por dentro. O que mais tem hoje na causa ambiental, infelizmente. Como na Lei de Grisham, que afasta o bom e cede lugar ao pior, os movimentos ambientalistas foram ocupados pelo que há de mais podre: gente órfã do comunismo que buscou refúgio na seita ecológica para detonar o capitalismo.

Antes, este era atacado por não produzir riquezas para os mais pobres. Hoje, é atacado por produzir riqueza demais! O planeta não vai aguentar, vivemos na iminência de uma catástrofe, precisamos de muito mais estado e blábláblá. São comunistas que encontraram no clima oportunidade para impor sua agenda totalitária e autoritária.

São neo-malthusianos que acham que nosso futuro será terrível e que ignoram a produtividade do próprio capitalismo, ou seja, sua capacidade de fazer sempre mais com menos, de extrair mais energia para nosso conforto utilizando menos insumo. Na década de 1970, o famoso Clube de Roma divulgou previsões assustadoras, e todas se mostraram falsas. Tenho combatido essa turma há anos, com inúmeros artigos e vídeos.

Pois bem: vem mais um livro aí da seita anticapitalista mascarada de ambiental. Talvez agora, com uma linguagem tão direta, parem de me acusar de “paranoico” ou “radical”, e entendam de uma vez por todas o que esse pessoal realmente deseja. A autora, Naomi Klein, não deixa margem a dúvidas quando diz que o ”modelo de economia está em guerra com a vida na Terra”.

“A ideia que quero trazer a vocês é que a questão das mudanças climáticas – quando toda a sua economia e implicações são entendidas – é a mais poderosa agenda progressista que já existiu para a igualdade e a justiça social”, disse.

Melancia raivosa

Viram só? Não sou eu quem diz, mas ela! O ambientalismo é um pretexto para impor uma agenda política, claramente contrária ao livre mercado. Claro, para vender melhor tal agenda, é preciso incutir pânico nos leigos. Portanto, ela diz:

“Mas primeiro nós temos que parar de fugir da crise climática, parar de deixar isso para os ambientalistas e nos confrontarmos com o problema. Temos de entender o fato de que a revolução industrial que levou prosperidade a nossa sociedade está agora desestabilizando o sistema natural do qual dependem nossas vidas”.

”As mudanças climáticas”, ela acrescentou, ”não são um item para você adicionar à lista de coisas com as quais se preocupar. São um alarme para a civilização”. Lá vamos nós novamente. Tantos alarmes soados no passado e totalmente infundados.

Mas até parece que essa gente se preocupa com fatos, com histórico de acertos e erros, com realidade. O que importa é atacar a economia de mercado e concentrar mais poder no estado, de preferência sob sua própria tutela.

Perguntar não ofende: é esse tipo de agenda que quer Marina Silva para o Brasil?

Rodrigo Constantino

DemocraciaEconomiaLiberdade de ImprensaPolítica

William Bonner reage a internautas e diz que pergunta o que candidato não quer ouvir: será?

Após a primeira entrevista da série com presidenciáveis no Jornal Nacional, começando com o tucano Aécio Neves, o apresentador William Bonner recebeu uma enxurrada de críticas e ataques nas redes sociais, pois teria sido extremamente truculento e mesmo agressivo com o convidado. O apresentador reagiu, publicando um em seu perfil particular um desabafo. Eis um trecho:

“Enquanto aguardamos que o tempo nos permita decolar, vejo com espanto como as paixões eleitorais momentâneas podem alimentar a intolerância de um tipo de eleitor que se considera suficientemente informado sobre os candidatos – e que nega às outras pessoas o direito de se informar. É aquele que não quer saber mais nada. Não quer ouvir explicação sobre nenhuma questão polêmica. E é um direito dele. O problema é quando não quer que ninguém mais tome conhecimento daquelas questões. E, por isso, insulta quem pensa de forma diferente, insulta quem cobra aquelas explicações de candidatos a cargos públicos. Isso se chama obscurantismo. Tenho 30 anos de profissão e me orgulho de ter entrevistado candidatos à presidência do Brasil em 2002, em 2006, em 2010 e neste ano. Em todas as entrevistas, fiz e farei as perguntas que os candidatos prefeririam não ter que ouvir. Assuntos que lhes são desconfortáveis, incômodos.”

O que acho disso? Talvez minha opinião incomode um pouco meus leitores. Acho, sim, que os ataques tanto a Bonner como a Patrícia Poeta foram precipitados. Em qualquer país sério, o jornalista deve confrontar o candidato com firmeza, cobrando explicações sobre os temas mais delicados e polêmicos, expondo contradições se existentes.

O que pode – e deve – ser absolutamente condenada é uma postura diferenciada, que trata um com dureza e outro com suavidade, que bate firme em um e levanta bolas para o outro. Mas calma! A presidente Dilma ainda não foi entrevistada. Logo, a crítica é apressada. Os críticos deveriam ter aguardado a última entrevista para verificar se houve preferência, se os entrevistadores apelaram para o velho “um peso, duas medidas”.

Particularmente, acho que não vão aliviar muito para o lado de Dilma. O Brasil todo estará de olho. Sabemos como muitos amam odiar a TV Globo, mas eu teria mais cautela no ataque. É verdade que já fizeram uma concessão indevida, ao marcar a entrevista em Brasília, com a “montanha” indo a Maomé, e não o contrário. Sabemos que o candidato fica mais à vontade em “casa”, e julgo isso um privilégio equivocado. Mas vamos esperar…

E, para ajudar, seguem algumas sugestões de perguntas que poderiam ser feitas por Bonner e Poeta a Dilma:

Vixe! Mas isso aqui eu não sei responder não, sô…

1. A senhora quebrou uma loja de bugigangas, e agora é a economia brasileira toda que começa a ratear. O que lhe deu na cabeça para achar que era uma boa gestora?

2. A fama de “faxineira ética” não é completamente absurda, uma vez que vários autores de “malfeitos”, eufemismo que a senhora usa para corrupção, permanecem em seu governo?

3. Quem a senhora pretendia engambelar com os tais “malabarismos contábeis”, truques rudimentares para ocultar a enorme deterioração das contas públicas, mas que não enganam ninguém?

4. A senhora não acha que foi uma sacanagem com todos os brasileiros, em especial os mais pobres, despertar o dragão da inflação novamente, que já vinha sendo domado desde o Plano Real feito pelos tucanos e rejeitado pelo PT?

5. Por que o PT “acusa” tanto os tucanos de “privatistas”, como se privatizar fosse coisa do Capeta, se a senhora mesma realizou privatizações também?

6. Em pleno século 21, “presidenta”, a senhora não considera nefasto importar escravos cubanos para atuarem como enfermeiros e financiar, com isso, a ditadura mais cruel do continente?

7. Por que tanta dificuldade em finalizar um raciocínio que tenha sentido e lógica? Há algum problema cognitivo do qual os eleitores precisem saber?

8. Recentemente, seu governo soltou nota condenando Israel e deixando de mencionar o Hamas. A Autoridade Palestina chegou a receber verbas de seu governo no passado, que podem até ter sido usadas para construir os milionários túneis dos terroristas para atacar inocentes judeus. Por que sempre se aliar ao que há de pior no mundo?

9. A Petrobras, maior empresa do país e outrora motivo de “orgulho nacional”, é hoje uma das mais endividadas do mundo e já perdeu metade de seu valor durante sua gestão, além de virar palco de infindáveis escândalos. Quando a senhora cai nas pesquisas, as ações da estatal disparam. Podemos esperar um pedido de falência caso a senhora seja reeleita?

10. Seu governo é o responsável por uma das piores taxas de crescimento da história de nossa República, e não adianta culpar os astros ou alguma crise internacional, pois quase todos os países emergentes crescem bem mais, e com bem menos inflação. Por que pedir mais quatro anos aos eleitores? Para transformar nosso país em uma Argentina ou Venezuela de vez?

Espero ter ajudado, Bonner!

Rodrigo Constantino

Uma esfinge sem segredos chamada Marina Silva. Ou: A Marina “sonhática” é “pesadêlica”

Marina Silva é uma esfinge. Sem segredos. O que ela pensa? Dizer que ninguém sabe é bobagem. Dá, sim, para saber. Não vou cair aqui na conversa mole de perguntar se Marina vai ou não realinhar as tarifas se, candidata do PSB, for eleita. É claro que vai. Qualquer que seja o eleito, o reajuste vai se impor. Contra quem? Contra ninguém. O realinhamento será uma imposição da realidade. Afinal, o Brasil não é a Venezuela. Se for presidente, Marina também vai ter de cortar gastos públicos — é o que Dilma ou Aécio terão de fazer. “Mas tirar dinheiro de onde?” De algum lugar. Ou o país vai para o vinagre. Nenhuma dessas vulgaridades me interessa. Essa gritaria só serve para gerar calor. E nenhuma luz.

A Marina que importa é outra. Sim, concordo: é quase impossível entender o que ela fala, com suas metáforas, alegorias e derivações impróprias — refiro-me à gramática mesmo! — porque, sei lá, os 340 mil verbetes contidos no “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa” não lhe bastam… Faz sentido: pensamentos intraduzíveis pedem palavras… indizíveis. Pode não dar para entender o que ela diz, o que sempre desperta a suspeita do sublime, mas dá, sim, para saber o que ela pensa. E ela não pensa coisas boas.

Começo pela questão mais recente. Marina Silva se desgarrou do PT, como é sabido, mas não se livrou dos piores vícios da nave-mãe. Querem um exemplo? Ela foi uma das mais entusiasmadas defensoras do Decreto 8.243, o tal que atrela a administração federal a conselhos populares e institui, na prática, uma Justiça paralela. Seu “movimento”, que não é “partido”, combina com aquele estado de permanente mobilização, em que a militância atropela as instâncias da democracia representativa.

Recuemos um pouco. Como esquecer a atuação de Marina Silva durante a votação do Código Florestal? Se a sua proposta tivesse vingado, o país teria sido obrigado, atenção!, a reduzir a área destinada à agricultura e à agropecuária. O que escrevo aqui não é especulação. É apenas um fato. É demonstrável. Em 2013, a balança industrial produziu um déficit de US$ 105 bilhões, e o setor agropecuário, um superávit de US$ 82,91 bilhões. Isso para um país que teve um superávit de apenas US$ 2,5 bilhões. E olhem que foi uma trapaça contábil. De verdade, o saldo foi negativo. Ou por outra: o agronegócio salva o Brasil da bancarrota, mas Marina Silva queria diminuir a área plantada.

É o tipo de militância que seduz os descolados e os ignorantes, mas de ampla repercussão no exterior, especialmente nos países ricos que acham que devemos deixar a agricultura com eles, enquanto a gente disputa o cipó com os macacos e foge das onças-pintadas. Todos queremos preservar a natureza, é claro! Marina queria, de modo irresponsável, dar um tombo na agricultura e na pecuária. Ela quer economia sustentável? Quem não quer? A questão é saber o que entende por isso.

Pegue-se agora a questão energética. O Brasil só não passa por um apagão de fazer 2001 parecer brincadeira de criança porque cresceu 2,7% em 2011; 0,9% em 2012; 2,1% em 2013 e deve ficar em torno de 0,8% neste ano. Em 2015, projeções responsáveis apontam que não passa de 1,2%. Estivesse crescendo, como precisa, a pelo menos 4%, já estaríamos no escuro.

Mesmo assim, ainda que tente aqui e ali dizer o contrário, Marina se opôs, sim, à construção da usina de Belo Monte. Tanto é que apoiou um vídeo imbecil chamado “Gota d’Água”, que dizia uma impressionante coleção de bobagens a respeito da usina. Mais: esse empreendimento será subutilizado, sim, porque Belo Monte não terá reservatório. Será do modelo fio d’água. Pesquisem a respeito. Só se fez essa escolha errada por causa da militância ambientalista que Marina representa, já que se inunda uma área muito menor, mas se produz, em contrapartida, bem menos energia.

Em 2010, a Marina candidata foi ao programa “Roda viva” e tratou do assunto. Como fala pelos cotovelos, impede que o pensamento de seus interlocutores respire. Vejam. Volto em seguida.

Em primeiro lugar, houve, sim, os devidos cuidados ambientais. Em segundo lugar, a tese da inviabilidade econômica é de uma impressionante falácia. De fato, Belo Monte tem mais dinheiro público do que deveria, mas isso se deve ao viés esquerdizante do governo petista — que Marina não combate. O capital privado só refugou porque o preço que o governo queria pagar pela energia era incompatível com a realidade. Ou por outra: quando os petistas decidiram tabelar o lucro — prática hoje em dia vigente apenas em Cuba e na Coreia do Norte —, Marina se calou. O negócio dela era com os bagres. Sim, preservemos os bagres. Mas e a energia elétrica? Mais: se o governo tivesse dado de ombros para o ambientalismo doidivanas e construído a usina com reservatório, mais energia seria produzida. Ou por outra: Belo Monte só não vai render o que poderia por causa do espírito marineiro.

Trato aí de duas questões que hoje são essenciais ao país: balança comercial e produção energética. Nos dois casos, a possível candidata do PSB à Presidência estava do lado absolutamente errado do debate. Errado por quê? Porque as suas escolhas contribuiriam para afundar o país — e, como é sabido, em casos assim, os pobres pagam o preço primeiro.

Questão política
Não é só isso. Marina fala em nome de uma tal “nova política” que ninguém, até agora ao menos, entendeu direito o que é. É impossível governar o país sem o Congresso, a menos que se queira gerar uma crise institucional dos diabos. Em sua pregação, ela dá a entender que políticos são sempre os outros, nunca ela própria. Por quê? Porque acredita na tal da “mobilização em rede”, que vem a ser a prima rica — e com nível universitário — de movimentos como o MST ou MTST. Nem por isso menos autoritários.

Na verdade, nesse particular, ela vai até um pouco além. Por mais que queira negar, parte do mau espírito das ruas — e não do bom — de junho do ano passado a esta data contou com o seu apoio silencioso. Ela pode se tornar a única beneficiária do ódio à política que tomou as ruas. E é evidente que esse tal espírito não me agrada. A propósito: alguém leu ou ouviu alguma censura de Marina aos black blocs?

O fato de a possível candidata do PSB ter hoje “conselheiros” com uma visão, digamos, mais à direita em economia do que o petismo não me seduz absolutamente. Na verdade, do meu ponto de vista, só torna a equação ainda mais confusa porque não vejo como ela poderia incentivar com a mão esquerda o espírito militante e procurar conter com a direita o rombo nos cofres públicos. Ou por outra: o discurso ideológico de Marina atenta contra o caixa, mas ela se cerca de gurus econômicos que fazem profissão de fé na responsabilidade fiscal.

Na minha coluna de hoje na Folha, critico as patrulhas petistas — ou a seu serviço — que tentam impedir que se formule um pensamento alternativo no Brasil. Busca-se deslegitimar desde a origem qualquer crítica organizada ao governo e ao partido oficial. Aécio Neves, do PSDB, é vítima desse procedimento. Eduardo Campos também era. Será que estou a fazer o mesmo com Marina? Uma ova! Estou é criticando aqui o que conheço de sua militância e dizendo por que ela não me serve. Em muitos aspectos, Marina pode representar um perigo ainda maior do que o petismo.

Se ela se eleger presidente e puser em prática o que pensa sobre militância organizada, a relação com os Poderes instituídos, o agronegócio e o setor energético, quebra o país e o conduz a uma crise política sem precedentes. Claro! Uma Marina que conseguisse governar teria de jogar fora a Marina “sonhática”, que está muito mais para “pesadêlica”.

Texto publicado originalmente às 5h37

Por Reinaldo Azevedo

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12 comentários

  • Lourivaldo Verga Barra do Bugres - MT

    Agora a Kátia mostra a verdadeira cara! Antes tínhamos uma falsa representante e não sabíamos; agora, sabemos que temos uma representante falsa...

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  • Eduardo Basílio Uberlândia - MG

    Sobre a senadora Kátia,que coisa chata a gente ser traído por quem deveria nos representar. Deve mesmo estar de olho num cargo no próximo governo do PT. Ministra da Agricultura, quem sabe? Estamos mesmo no sal!! Esta é uma "verdadeira"nota de 3 reais. No mínimo uma representante muito incoerente, e cheia de conversinhas. Mudou depressa demais sô!!

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  • Antonio Nascimento campo mourão - PR

    muita agua pra rolar! Se antes estavam em terceiro com E.Campos, sem : Marina + um personagem Tampão vão com outra metade restante( eco e alguns evangélicos)a chamada Rede. O resto é midia pra otario. Aécio na cabeça!

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  • Antonio Nascimento campo mourão - PR

    Já partindo pro escatológico, é dedo na garganta e vomito na certa, é repulsa intestinal, o ultimo a sair q de a descarga!Aqui surge um velho fantasma mamoneiro : O Requião criador da força ( ou será forca) possa de ecológico junto com Marina (a lagarta messiânica)seriam uma bomba relógio pro nosso estado

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  • jandir fausto bombardelli toledo - PR

    Não adianta o Aecio já era, agora o negócio é votar na Dilma porque a Marina é muito pior para o agronegócio, não adianta sonhar, tem de agir.

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  • Carlos Alberto Erhart Sulina - PR

    E pensar que a gente tinha esperança que Kátia fosse nossa presidente, contra isso que tá aí hoje, como a gente se engana com as pessoas

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  • HAROLDO FAGANELLO Dourados - MS

    O Aécio tem capacidade para desbancar as 2 candidatas a presidência. Calma gente elas vão se enfrentar com agarrões, beliscões, mordidas e puxões de cabelos e no final seremos os vencedores!

    Quanto à senadora Kátia Abreu coitadinha, ficou sem escolhas a não ser revirar seus próprios lixos....Pena que nós produtores seremos obrigados a custear seus desaforos....Ou não?!!

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  • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

    Abraham Lincoln(1809-1865)governou os EUA durante a guerra civil,preservando a união,abolindo a escravatura e modernizando a economia,de origem simples do Oeste,deixou um legado de sabedorias,entre as quais os preceitos econômicos que são praticados atualmente no Brasil,só que de maneira contrária ,cito-os abaixo, destacando o sétimo,também deixou a máxima"você pode enganar parte do povo,parte do tempo,parte do povo,todo tempo,parte do tempo,todo povo,mas jamais enganará todo povo durante todo tempo". Pensemos nisto!

    1. Não se pode criar prosperidade desalentando a Iniciativa Própria.

    2. Não se pode fortalecer o débil, enfraquecendo o forte.

    3. Não se pode ajudar os pequenos, esmagando os grandes.

    4. Não se pode ajudar o pobre, destruindo o rico.

    5. Não se pode elevar o salário, pressionando quem paga o salário.

    6. Não se pode resolver os seus problemas enquanto se gasta mais do que se ganha.

    7. Não se pode promover a fraternidade da humanidade, admitindo e incitando ao ódio de classes.

    8. Não se pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado.

    9. Não se pode formar o carácter e o valor do homem tirando-lhe a sua independência (liberdade) e iniciativa.

    10. Não se pode ajudar os homens permanentemente, realizando por eles o que eles podem e devem fazer por si mesmos.

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  • Edson Amieiro Floresta - PR

    É o barco tá afundando , é fim dos opositores ao governo Dilma ! Como já foi dito aqui : " o último a sair favor apagar as luzes " !

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  • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

    Sr Dalzir,estamos sentindo a falta de suas intervenções,neste momento de tantas incertezas tanto na política como em nosso futuro econômico,um homem que tem o couro grosso como o senhor,não nos pode deixar apanhando sozinhos.saudações mineiras,uai!

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  • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

    Na verdade é um direito da senadora Kátia apoiar quem quer que seja,o que ela jamais poderia ter feito era usar as estruturas da CNA para se promover e, principalmente, usar de uma entidade que tem históricas demandas ignoradas(segurança jurídica,direito de propriedade,logística e relações trabalhistas compatíveis) por estes anos de governo do PT/PMDB, fazendo de conta que está tudo bem...Se quer apoiar a comadre Dilma que o faça,mas antes abandone o osso da nossa classe e que não volte nunca mais .

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Kàtia Abreu è o Blairo Maggi do Tocantins, è o Blairo Maggi de saias. Tudo que importa a essa Sra, è que o dinheiro do BNDS continue fluindo para ela e sua turma no Tocantins e na CNA. Pessoas que foram consideradas competentes, dignas, honestas, sendo que, um hoje foge dos oficiais de justiça, para não ter que explicar o sumiço de quase um bilhão e a outra ainda està na fase de babar ovo prà ver se chega là. Depois è sò reunião com Dilma, Marta Suplicy... e relaxar e gozar, não è senadora? Kàtia Abreu, quem diria, apóia a marcha das vadias.

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