Grão úmido de sorgo + azevém = 1,3 kg/dia em novilhos, por Por Guilherme Barbieri

Publicado em 04/08/2014 15:05

Um cenário típico do Rio Grande do Sul em áreas de integração lavoura-pecuária no período primavera/verão é a implantação de azevém para pastoreio do gado após a colheita da soja.

Uma das formas de manter ou aumentar a carga animal nestas áreas é a suplementação energética, que também atua como complemento da dieta suprindo deficiências de minerais (cálcio, fósforo, sódio, energia), equilibrando a relação proteína:energia, entendendo que o azevém tem uma alta proteína (18%) e também como substituição de alimento, ou seja, o animal passa a consumir o concentrado diminuindo a ingestão de forragem.

Na metade sul do estado tem uma grande produção orizícola, que gera subprodutos durante o beneficiamento do grão, como: farelo de arroz integral, farelo de arroz desengordurado, quirera de arroz. Estes por sua vez, de fácil aquisição e preços acessíveis na maioria das vezes.

Dependendo da região do estado, também temos a casquinha de soja, farelo de trigo, sorgo em grão ou farelo, milho e aveia em grão.

Uma das principais dúvidas que surgem é: quais destes subprodutos fornecer aos animais? A questão custo/benefício seria o agravante de adquirir o produto com menor custo e obter melhor desempenho.

Uma das alternativas para reduzir este custo do suplemento é produzi-lo na propriedade e temos o sorgo granífero, que podemos utilizar para silagem, assim reduzimos os custos com transporte até o estabelecimento. Esta cultura é bastante resistente a déficit hídrico e se adapta ao solo e clima da região, sem causar decréscimo na produção.

Em uma propriedade em Dom Pedrito-RS optou-se pela utilização de grão úmido de sorgo, implantado em área preparada e dessecada, foi feita adubação de base, aplicações de herbicida e inseticida pós-emergência e colheita terceirizada, e por fim a ensilagem. O custo total por quilo da silagem ficou com R$0,17, enquanto o custo médio do farelo de arroz integral chega a R$0,30/kg, quase o dobro do preço.

Nesta propriedade o fornecimento do material foi 1,5% do peso corporal/dia para categoria de novilhos, totalizando cerca de R$0,80/animal/dia e uma carga animal na pastagem de 500 kg/ha e disponibilidade de forragem de 850 kg de MS/ha. O ganho médio diário obtido foi de 1,3 kg/animal/dia no período de 60 dias.

Portanto, esta técnica de produzir grão úmido de sorgo reduziu o custo do subproduto que aumentou o suporte de carga da pastagem de azevém e melhorou o desempenho dos animais e do resultado por unidade de área.

Se quiser saber mais sobre o utilização de sorgo clique aqui e assista o vídeo em falamos das vantagens do uso de grão úmido.

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Fonte:
Lance Agronegócios

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