Abates de bovinos crescem no semestre em MT
Os números constam na Pesquisa Trimestral de Abates de Animais, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O peso de carcaças, referentes ao abate desse animais, somou 530,064 mil toneladas nos primeiros 6 meses deste ano em Mato Grosso, ante a 450,328 mil toneladas registradas em igual período de 2009. O aumento, nesse caso, chega a 17,7%.
Para o diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Júlio César Ferraz, a elevação na quantidade de abates é atribuída ao tempo seco que tem prejudicado as pastagens do Estado. Ele explica que os produtores tiveram que vender o gado para evitar grandes prejuízos neste período. "Com o gado magro por causa da estiagem a venda teve que ser acelerada, antecipada". Além disso, Ferraz explica que esse cenário provocou o aumento de preço da arroba do boi.
No país, o volume de abates nos primeiros 6 meses deste ano totalizou 14,662 milhões de animais ante as 13,389 milhões de cabeças abatidas de janeiro a junho do ano passado. No segundo trimestre deste ano foram abatidos 7,5 milhões de bovinos, enquanto que em 2009 chegou a 6,8 milhões cabeças.
Couros - Mato Grosso também é referência na aquisição de peças inteiras de couro cru de bovinos, conforme a pesquisa do IBGE. O Estado tem 13,5% de representatividade no mercado nacional, somando 1,232 milhão de peças no segundo trimestre deste ano. A liderança fica com São Paulo (18,6%) que registrou a aquisição de 1,701 milhão de unidades. Quando se considera apenas os serviços de curtimento do produto, verifica-se que Mato Grosso é líder no cenário nacional, com 29,1% de participação na demanda nacional, totalizando 715 mil unidades entre abril e junho deste ano. Nesse período, a aquisição de couro cru de bovino no país ficou em pouco mais 9 milhões de unidades, 12,3% maior que o alcançado no mesmo período de 2009.
Conforme a avaliação da Assessoria Econômica da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), os dados demonstram que o processo de industrialização na cadeia produtiva de carnes está em franca expansão no Estado e, principalmente, que o processamento interno de couro é crescente.