Carne bovina puxa forte alta da inflação na Capital

Publicado em 06/10/2010 10:16
Puxada pelo preço da carne bovina, a inflação de setembro em Campo Grande registrou forte alta de 0,40% em relação ao agosto.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) é medido pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Universidade Anhanguera-Uniderp. Em agosto, o IPC foi de 0,16%.

O bolso do consumidor foi afetado pela estiagem, que reduziu a oferta de boi gordo para o abate, e a retomada de exportação aos mercados externos.
Dos sete grupos que compõem o IPC/CG, três apresentaram índices positivos: Alimentação, Habitação e Despesas Pessoais.

“O grupo Alimentação que, desde junho, estava contribuindo para segurar a inflação, registrando índices negativos, em setembro foi praticamente o responsável pela alta de 0,40% do IPC”, destaca o coordenador do Nepes, professor Celso Correia de Souza. Os grupos Transportes e Educação permaneceram estáveis e Vestuário e Saúde apresentaram deflação.

Caro - Com alta de 1,62%, o grupo Alimentação registrou forte aumento nos preços da carne bovina, em média de 6%. Destacam-se os reajustes do peito (9,35%), coxão mole (8,80%), paleta (7,74%) e do lagarto plano (7,65%).

“A tendência para o mês de outubro é de elevação de preços, pois estamos no final de uma entressafra que foi penalizada com uma forte estiagem, o que dificultará a recuperação das pastagens. Do total de 1 milhão e 300 mil cabeças de bois confinados mais de 70% já foram abatidos, não conseguindo suprir a demanda”, enfatiza.

Na contramão, os cortes de carne suína registraram deflação em setembro. “O consumidor pode optar por consumir mais carne de frango, que registrou pequeno aumento, ou carne suína. Porém, se houver uma migração acentuada de compradores para essas carnes, deve haver um aumento da demanda e, consequentemente, uma elevação nesses itens”, explica o coordenador do Nepes.

Dez mais - Os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação em setembro foram: alcatra, pão francês, contrafilé, laranja pêra, aluguel de casa, costela, óleo de soja, maçã, aluguel de apartamento e paleta.

A inflação acumulada em Campo Grande, de janeiro a setembro de 2010, foi de 3,78% e a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,56%, e está no centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% para este ano, com tolerância de 2% para mais ou para menos.

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Fonte:
Famasul

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