Pecuaristas do Norte Pioneiro cobram ação contra furto de gado
Com medo de represálias, os criadores preferiram não se identificar, mas procuraram a Câmara de Vereadores e a Prefeitura para pedir ajuda. O vereador Josué de Pádua Melo afirmou que, afora Quatiguá, já foram registrados furtos em Tomazina, Joaquim Távora, Salto do Itararé e Guapirama. ''Esses casos vêm acontecendo de dois anos para cá. Os criminosos chegam de madrugada, param um caminhão, carregam e levam o gado'', citou. De acordo com ele, os produtores estimam que o prejuízo já passa de R$ 400 mil. ''Mas falam que podem chegar a R$ 1 milhão'', completou o vereador. Outro tipo de ataque é o abate de poucas cabeças para levar apenas a carne.
Há 15 dias, um morador de Quatiguá que cria gado em Tomazina foi a última vítima. Os criminosos teriam ido de madrugada à propriedade que fica distante da cidade e, com um caminhão, furtaram 23 cabeças.
Para encontrar uma solução, produtores, autoridades municipais e representantes da área de segurança pública se reuniram ontem no Salão Paroquial de Quatiguá pela segunda vez nas últimas semanas. O objetivo foi traçar estratégias para identificar e prender os envolvidos. O município também estuda a criação de um Conselho Comunitário de Segurança, para cobrar um melhor aparelhamento das polícias.
Presente à reunião, o delegado titular do município, Rubens José Perez, disse que ''foi montada uma força-tarefa em conjunto com a Polícia Militar e já existe uma investigação em andamento'' sobre o último registro de furto. Perez comentou, no entanto, que o trabalho é complicado porque não há testemunhas nem pistas consistentes, uma vez que os crimes acontecem de madrugada e em propriedades afastadas. A PM, por sua vez, prometeu intensificar as patrulhas na área rural.
O delegado ressaltou que há sete meses foi identificada uma quadrilha especializada, mas ninguém foi preso. Os envolvidos eram ex-moradores da região que teriam se mudado para Curitiba e Região Metropolitana e que voltavam, de tempos em tempos, para cometer os crimes. Perez acrescentou que outra grande dificuldade é identificar os receptadores das cargas.
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