Zonas de proteção de três estados recebem certificação contra aftosa

Publicado em 30/05/2011 08:14
Organização Mundial de Saúde Animal beneficiou TO, RO e BA. O status sanitário agora é área livre de aftosa com vacinação.
A Organização Mundial de Saúde Animal reconheceu como área livre de aftosa com vacinação as zonas de proteção que ficam no Tocantins, em Rondônia e na Bahia. São áreas localizadas na divisa de estados que têm status sanitário inferior. Agora, o rebanho criado nestes locais não tem mais restrições quanto ao comércio e trânsito.

Na Bahia, a zona de proteção abrange oito municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Remanso e Casa Nova. Eles fazem divisa com o Piauí e Pernambuco, ainda considerados de risco médio para aftosa. No Tocantins são sete municípios: Barra do Ouro, Goiatins, Campos Lindos, Recursolândia, Lizarda, São Félix do Tocantins, que fazem divisa com o Maranhão, de risco médio e o município de Mateiros, que faz divisa com a zona de proteção da Bahia. Em Rondônia a zona inclui o norte de Porto Velho e parte dos municípios de Canutama e Lábrea, localizados no estado do Amazonas, mas que desde 2007 são atendidos pela Agência de Defesa Animal de Rondônia. Essa área do Amazonas era considerada de alto risco para aftosa.

Os criadores dessas regiões receberam a notícia com entusiasmo.

Em Rondônia, com a certificação, o gado não tem mais restrições ao comércio. O trânsito de animais entre os estados também fica liberado. Nas duas áreas do sul do Amazonas certificadas agora são quase 96 mil cabeças de gado em 316 propriedades rurais que não oferecem mais riscos ao rebanho de Rondônia.

A Idaron, Agência de Defesa Sanitária do Estado de Rondônia, vai continuar o trabalho e agora deverá passar também a dar assistência aos produtores do Amazonas na divisa com Rondônia. Postos de fiscalização vão servir de escritórios para atender a demanda no local.

Em uma fazenda que cria gado nelore e fica a 27 quilômetros de Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, a extinção da zona tampão deixou os produtores mais aliviados.

Formosa tem um rebanho de mais de 52 mil cabeças de gado. O índice de cobertura vacinal foi de 97,5%. Para o secretário da Agricultura do município, o estado e o país ganharam muito com esta nova realidade. “A extinção da zona tampão para a Bahia é estratégica porque hoje todo o estado é livre da febre aftosa com vacinação. Houve uma valorização do gado e o incremento da qualidade e dos investimentos”, explica Danilo Gusmão.

Vender o gado está mais fácil. Antes, os animais eram vendidos por um preço de 30 a 40% menor do que o praticado no mercado, mesmo tendo os custos de produção iguais. Hoje, os produtores podem comercializar o gado de forma bem mais rentável.

Os pecuaristas baianos estão eufóricos e comemoram a decisão. Rui Leal, diretor da Defesa Sanitária Animal da Bahia, explica o fim da barreira para comércio inclusive com outros países.
Assista ao vídeo com a entrevista completa.

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Fonte:
Globo Rural

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