Aftosa: Status de livre está longe
A intenção dos pecuaristas estaduais é a classificação de livre sem vacinação, categoria na qual se enquadra atualmente Santa Catarina, único no país com esta classificação.
Jardim explica que o fato desta alteração não estar nos planos do Mapa nada tem a ver com a falta de reconhecimento ao trabalho sanitário desenvolvido no Estado. "Neste momento a meta não é esta porque a fronteira com Mato Grosso, principalmente a Bolívia, ainda gera atenção, mesmo com trabalhos de parcerias entre os governos dos dois países que permitem a vacinação gratuita do gado do lado boliviano. Ainda não é o momento para se agir em prol de uma nova classificação".
Segundo ele, a meta sanitária atual é chegar a 2012 com 96% do rebanho nacional sob o status de livre com vacinação com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de livre com vacinação. Para atingir este percentual, o Mapa inicia neste mês o processo de sorologia em seis estados do Nordeste (AL, PE, PB, RN, PI e MA) onde estão cerca de 17 milhões de cabeças bovinas. "Com os testes para avaliar se há circulação viral na região foram negativos, podemos declarar a situação de livre com vacinação até novembro e levar isso para avaliação do Comitê Internacional de Saúde Animal que se reúne em fevereiro para que durante a plenária anual, a OIE declare esses seis estados nesta nova condição".
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, frisa que antes de o Estado buscar a nova condição é necessário classificar o risco de regiões que fazem fronteira ou limite com Mato Grosso.
Como explica, a meta é ter a classificação seja de livre com ou livre sem vacinação para o continente, ou seja, para a América Latina. "Isso não apenas aumenta o valor agregado da nossa carne, como também abre novos mercados consumidores. Atualmente, a carne ‘in natura’ do Brasil não é comprada pelos Estados Unidos e nem pelo Japão, mercados que podiam comprar grandes quantidades e pagar bem".
De acordo com o presidente da Acrimat, o trabalho de unificação do status sanitário é uma meta que pode se concretizar em até cinco anos e assim "poderemos vencer essas limitações sanitárias que limitam o consumo", frisa Bernardes. Ele destaca que o vizinho Paraguai vem desenvolve um trabalho de controle sanitário que avança, assim como o tem ocorrido com a Bolívia, que em regime de parceria - principalmente com Mato Grosso - vem evoluindo e logo poderá ter o seu rebanho de fronteira livre com vacinação.
EVENTO
O Congresso Internacional da Carne é promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) em conjunto com o International Meat Secretariat (IMS). As discussões reúnem assuntos e aspectos da cadeia produtiva da carne e as transformações pelas quais esse mercado vem passando, como os meios produtivos sustentáveis, os novos mercados, o abastecimento em todo o mundo e o marketing desse produto. Com o tema “Carne de Qualidade para Todos os Povos”, o Congresso teve 23 palestrantes de nove países diferentes (Brasil, Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai).
0 comentário

Scot Consultoria: Estabilidade nos preços da arroba em São Paulo

Mercado de reposição segue estável, acompanhando preço da arroba do boi gordo

Abertura de mercado no Suriname para bovinos vivos destinados ao abate

Radar Investimentos: perspectiva de aumento na demanda pela proteína vermelha

Boi/Cepea: Mercado busca direcionamento

Preço da arroba no MT chega a R$ 330,00 com pouca oferta de animais