Acrimat aponta desafios para a pecuária
O superintendente pontua que o primeiro grande desafio é mostrar que o Brasil não tem passivo e sim ativo ambiental, “pois temos aqui a prática mais sustentável de criação do mundo, onde o maior rebanho comercial é produzido com 64% de suas terras preservadas”. Para Vacari, “os países que só têm passivo ambiental precisam pagar os produtores que preservam o meio ambiente, pois para se ter uma ideia do que isso representa, um frigorifico que abate mil cabeças/dia de boi tem ao seu redor, num raio de 300 quilômetros, um ativo ambiental que vale um bilhão de dólares, e esse recurso é do produtor”.
Um levantamento realizado pela Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne - e apresentados durante o Encontro Internacional com o tema Uma Visão da Produção Pecuária Regional, realizado na Argentina, mostra como os biomas brasileiros estão preservados. A Amazônia tem 85% de área preservada, o pantanal 87%, o cerrado 60%, a caatinga 63%, os pampas 41% e a mata atlântica 27%. “Não podemos ser apontados pelo mundo como predadores ambientais, com um ativo como este que o Brasil tem, principalmente pela Europa e Estados Unidos”, disse Vacari.
O segundo desafio é a renda do produtor. Uma pesquisa feita pelo Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - mostrou que o pecuarista voltou a ter lucro no último ano com a subida do preço da arroba, depois de 6 anos ‘ negativos’. A justificativa é de que sem renda o produtor não tem condições de ter acesso aos pacotes tecnológicos disponibilizados no mercado “e isso tem um impacto direto nos investimentos no melhoramento genético do rebanho, na manutenção da pastagem que também preserva o meio ambiente e na infraestrutura da propriedade”, enfatiza o superintendente.
O terceiro desafio é erradicar a febre aftosa no continente Sul Americano. “Os Estados Unidos e o Japão não comprar carne in natura mesmo de países com área livre de aftosa com vacinação, por exemplo, e temos que fazer a lição de casa com medidas que envolvem o governo federal, estadual e os produtores”. Vacari ressalta que “o governo federal tem que investir no aparelhamento dos postos de fronteiras e treinamento de vigilância e sanidade animal, além da necessidade de integração de ações de todos os países do continente e a continuidade do trabalho dos produtores em vacinar seu rebanho”. Ele acrescenta que “esse é um trabalho em longo prazo que precisa ser feito para o crescimento do setor”.
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