Minerva diz que só teria interesse em bovinos da Brasil Foods
"Só haverá interesse se a venda for fatiada. Por enquanto não se tem muita informação, mas se for vendida em bloco não há interesse de nossa parte", afirmou Queiroz a jornalistas.
Como parte do acordo da Brasil Foods para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovasse a incorporação da Sadia pela Perdigão, negócio que deu origem à empresa, foi determinada a venda de vários ativos, mas preferencialmente em bloco para um só comprador. Uma eventual negociação fatiada teria que ser submetida ao Cade para aprovação, segundo o acordo.
A Brasil Foods trabalha com o banco BTG Pactual no planejamento da venda dos ativos, que incluem dez fábricas de alimentos, dois abatedouros de suínos, dois abatedouros de aves e oito centros de distribuição, entre outros bens.
Fernando Queiroz ressaltou que o Minerva pretende manter o foco no setor de bovinos, diferentemente de seus competidores como o Marfrig e o JBS, que entraram em aves e suínos com aquisições no Brasil e no exterior. Mas não descartou novas aquisições. "Obviamente estamos no mercado e olhando oportunidades", disse.
Mercado interno
Queiroz afirmou que os investimentos da companhia em greenfields (projetos feitos do zero) começam a maturar e fornecem a base para o crescimento esperado entre 2011 e 2012, mais firme sobretudo no mercado brasileiro, guiado pelo aumento do consumo das classes C e D.
O Minerva possui um grande investimento em produtos processados, na unidade MDF (Minerva Dawn Farms), que atua no segmento de food service. O presidente da empresa afirmou que novos investimentos serão necessários a partir de 2012 para continuar crescendo.
Por volta das 14h40 (horário de Brasília), as ações do Minerva operavam com baixa de 0,3%, enquanto o Ibovespa subia 0,9% e, os papéis da BRF tinham alta de 0,4%.