Café Arábica: Em médio e longo prazos, consumo crescente deve sustentar preços

Publicado em 09/05/2012 12:01
A temporada brasileira 2011/12 de café, que deve ser encerrada oficialmente em junho, foi um marco em termos de consumo interno do grão. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) divulgados em abril indicaram que a demanda brasileira aumentou 5% em comparação com a safra 2010/11, totalizando cerca de 20,3 milhões de sacas de 60 kg.

Considerando-se as últimas 12 temporadas, o aumento na demanda nacional é de expressivos 53,6%. O consumo aumentou também em vários outros países na atual safra.

Levando-se em conta somente o consumo dos países produtores/exportadores de café (e não importadores), a demanda em 2011/12 é de 43,3 milhões de sacas, de acordo com a OIC. Isso corresponde a um incremento de 2,8% em relação ao estimado para 2010/11 e de 59,5%
frente à safra 2000/01. O Brasil continua com considerável vantagem, sendo o maior consumidor da bebida entre os inclusos neste grupo, com participação de 46,9% no total demandado. O segundo país produtor que mais consome o grão é a Etiópia, absorvendo cerca de 3,4 milhões de sacas. Em se tratando de demanda global por café (incluindo os países importadores do grão), os últimos dados divulgados pelo OIC, que correspondem ao ano civil de 2010, indicam que o consumo total foi de 135,8 milhões de sacas. A expectativa para os próximos anos é que o consumo siga crescente. Em relatório divulgado em março, a OIC estimou que, em 10 anos, a demanda pelo grão pode alcançar o intervalo entre 156,7 milhões (cenário de baixo potencial de
crescimento) e 172,8 milhões de sacas de 60 kg (alto potencial de crescimento) por ano.

Neste cenário, as projeções indicam que o consumo pode se igualar ou até mesmo superar a produção em algumas temporadas. Referente à safra 2011/12, a estimativa mais recente da OIC é de que a produção mundial seja de 131 milhões de sacas, inferior ao consumo global de 135,8 milhões de sacas já alcançado na temporada anterior. Assim, a expectativa para o longo prazo é de que os preços do café se mantenham em patamares elevados, visto que poderá não ser possível a
formação de elevados estoques do grão.

Clique aqui e confira a análise na íntegra.

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Fonte:
Cepea

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