Com possibilidade de geada no Sul, produtores de café do Paraná devem proteger lavouras
Diante da possibilidade de geada na próxima madrugada na Região Sul, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), emitiu ontem (22) um alerta para que produtores de municípios da região cafeeira no oeste paranaense protejam as lavouras. A área compreende pelo menos sete cidades - Xambrê, Umuarama, Altônia, Iporã, Mariluz, Alto Piquiri e Jesuítas.
No documento, os técnicos do instituto recomendam que os produtores façam "imediatamente" o processo conhecido como chegamento de terra no tronco dos cafeeiros com idade entre seis e 24 meses. Trata-se de proteger os troncos por meio do acúmulo de terra para evitar danificação pela geada. Essa proteção deve ser mantida até meados de setembro e, depois, retirada com as mãos.
Em lavouras recém-implantadas (com até seis meses), deve-se enterrar as mudas com uma camada de terra e mantê-las assim até cessar o risco de geada. Já os viveiros, segundo a equipe técnica, devem ser protegidos com cobertura vegetal ou de plástico. O produtor pode optar também pelo uso de aquecimento.
O responsável pelo setor de café da Seab, Paulo Fanzini, estima que haja na região cerca de mil pequenos cafeicultores que podem minimizar os efeitos da geada por meio dessas medidas.
"A ocorrência de geadas nesta fase, em que a safra está em curso, pode ser muito prejudicial aos cafeicultores da região, que já têm sofrido com os baixos preços do produto. No caso das lavouras extensivas, como as de cana-de-açúcar e de trigo, não há muito o que fazer, mas as plantações de café, de hortaliças e os vieiros podem ser protegidos", disse.
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