Café: Falta de estrutura e qualidade fizeram com que BA, ES e PR tivessem menor participação nos leilões da Conab
Nos primeiros leilões de contratos de opção do café arábica realizados pela Conab, os estados de Minas Gerais e São Paulo tiveram 100% de suas ofertas arrematadas, mas os estados do Espírito Santo, Bahia e Paraná obtiveram menor interesse pela participação.
Analisando a participação dos compradores no primeiro leilão, o consultor Eduardo Carvalhaes avaliou que grande parte das compras foram feitas por cooperativas de café, mas, no entanto, o estado da Bahia possui poucas cooperativas estruturadas para o arábica. "Não é uma grande surpresa este volume baixo de negociações", avalia. No primeiro leilão, a Bahia negociou 16,25% dos contratos e agora, se mantém com 7,5% negociados das 40 mil sacas ofertadas no segundo leilão.
Para o Espírito Santo, que arrematou 10,7% de 70 mil sacas ofertadas, Carvalhaes aponta que o excesso de chuvas durante o período de colheita acabou prejudicando a safra de café arábica. Além disso, em comparação com o café conilon, que é o carro-chefe do estado, o arábica tem uma produção menor. Marcus Magalhães, diretor executivo da Maros Corretora, em Vitória, aponta também que a qualidade do arábica produzido não foi suficiente para atender às exigências da Conab, que solicitou em edital sacas de café tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima e teor de umidade de até 12,5%.
No estado do Paraná, apenas 50 mil sacas foram ofertadas, com 22% arrematadas. "As chuvas de junho e julho afetaram a qualidade do café arábica, comprometendo o preparo de um café de acordo com os padrões", apontou Carvalhaes.
Magalhães acredita que o volume de participação do Espírito Santo será maior no próximo leilão, pois há um empenho para tentar levar a informação aos produtores. "Em São Paulo e Minas Gerais, as cooperativas são mais organizadas e conseguem levar essa informação com mais facilidade", afirmou.
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