Café: Novo leilão de opções deverá acontecer na próxima quarta-feira (2)
LEILÕES DE OPÇÕES — A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou, nesta sexta-feira, 27 de setembro, o terceiro leilão de contratos de opção de venda de café. O pregão negociou 8.762 contratos (876,2 mil sacas), o que corresponde a 87,62% do total de 10 mil títulos ofertados.
Os 7.000 lotes (700 mil sacas) de Minas Gerais tiveram arremate total, registrando ágio de 349% sobre o preço de abertura, de R$ 1,7150. Assim, o prêmio que os produtores mineiros terão que pagar, se exercerem a opção, será de R$ 7,70 por saca. Todas as 140 mil sacas (1.400 contratos) de São Paulo também foram arrematadas, havendo ágio de 0,87% sobre o valor de abertura, o que deixou o prêmio em R$ 1,7299/saca.
Dos 700 contratos (70 mil sacas) oferecidos a produtores do Espírito Santo, houve demanda por apenas 84 (12%), ao preço de abertura de R$ 1,715/saca. Da Bahia, dos 400 contratos ofertados, apenas 50 (12,5%) foram arrematados, sem ágio, e, dos 500 contratos direcionados ao Paraná, houve interesse por 228 (45,6%), também sem ágio.
Novo leilão — Conforme informações que o Conselho Nacional do Café (CNC) recebeu do Governo Federal, os contratos que não tiveram interesse nos três leilões de opções para café, originários de Espírito Santo, Bahia e Paraná, voltarão a ser ofertados na próxima quarta-feira, 2 de outubro. Entretanto, ainda não sabemos se serão colocados à disputa para produtores de todos os Estados do País ou apenas direcionados para Minas Gerais e São Paulo.
MERCADO — De maneira geral, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York variaram ao redor do patamar de US$ 1,17 por libra-peso, superior ao da semana passada. Porém, na quinta-feira, voltaram a pesar sobre o mercado as especulações a respeito de uma ampla disponibilidade de café e a valorização do dólar, resultando no fechamento de US$ 1,1565. Ainda assim, no acumulado da semana, até o fechamento de ontem, o vencimento dezembro do contrato C apresentou ganho de 100 pontos.
Já no mercado doméstico brasileiro, o arábica foi negociado a um patamar inferior ao da semana antecedente. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) voltou a atingir nova mínima no início da semana, de R$ 265,31 por saca de 60 kg, menor nível nos últimos 47 meses.
O dólar voltou a apresentar tendência de alta no Brasil, valorizando-se 1,2% no acumulado da semana até o fechamento da quinta-feira, que foi de R$ 2,2463. A divulgação de estatísticas que reforçam a recuperação da economia norte-americana e indicam a proximidade da redução do programa de estímulos do Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) motivaram essa tendência.
Na Bolsa de Londres, referência para os preços da variedade robusta, houve desvalorização de US$ 15 por tonelada no vencimento novembro do contrato 409, no acumulado da semana até o fechamento de ontem. Paira sobre o mercado a expectativa da entrada dos grãos da safra 2013/14 do Vietnã, de forma que poucos negócios foram concretizados. Houve oferta dos primeiros grãos vietnamitas a prêmio de US$ 10/t sobre o segundo vencimento do contrato 409, mas exportadores mantiveram-se cautelosos, à espera de maior volume a partir de novembro e também em função de incertezas quanto ao reembolso de impostos pagos ao governo do país asiático.
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