Café: estimativa do USDA para Brasil muda direção dos negócios em NY
O café arábica na Bolsa de Nova Iorque opera em queda no meio do dia desta terça-feira (13), depois de registrar boa valorização no início da manhã. Os preços começaram a cair depois que uma estimativa mais otimista do que as que usualmente chegam ao mercado, foi divulgada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Segundo o USDA, a produção brasileira de café está estimada em 49,5 milhões de sacas de 60 kg na safra 2014/15. O resultado corresponde a uma queda de 7,8% em relação à safra anterior (53,7 milhões de sacas), em virtude do impacto negativo da seca prolongada e clima quente, principalmente no sul e no leste de Minas Gerais e no Estado de São Paulo, durante o último verão.
As exportações de café para o período estão previstas em 32,38 milhões de sacas, 1 milhão de sacas abaixo da safra anterior. Os estoques são projetados em 6,32 milhões de sacas, queda de cerca de 30% em relação ao período anterior.
O USDA pondera, no entanto, que, neste momento, não está claro até que ponto os problemas climáticos irão prejudicar o tamanho da safra. 'Um número mais preciso só estará disponível após a colheita, quando será possível avaliar a qualidade e o peso dos grãos'.
A produção de café arábica está projetada em 33,1 milhões de sacas, 6,3 milhões de sacas abaixo da safra anterior (39,4 milhões de sacas). A safra de robusta (conilon) deve alcançar 16,4 milhões de sacas, aumento de 2,1 milhões de sacas ante o período anterior (14,3 milhões de sacas). O bom desempenho do robusta deve-se, principalmente, à produção potencial no Espírito Santo, Rondônia e Bahia.
Outro fator de pressão é o crescimento da produção de café da Colômbia. A oferta durante os primeiros quatro meses de 2014 aumentou 15% ante o ano anterior, totalizando 3,55 milhões de sacas de 60 quilos. Até abril, o país latino-americano exportou 3,7 milhões de sacas, 31% acima do mesmo período do ano passado.
Por volta das 12h30 Os contratos com entrega em julho/2014 era negociados a 188,00 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 125 pontos . A posição setembro/2014 tem cotação de 190,35 centavos de dólar, decréscimo de115 pontoss em relação ao fechamento anterior e o dezembro/2014 recuava 125 pontos cotado a 192,95.
11 comentários
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Jonas Torres Alfenas - MG
A seca é localizada....Localizada em todo o norte de São Paulo e em todo o Sul de Minas Gerais.
Carlos Uberlândia - MG
Caro Amarildo, quando você acha que o mercado vai reconhecer realmente a baixa safra? Porque p/ nós produtos ja é obvio mas eu digo obvio a ponto de não ter como nem os especuladores inventarem mentiras? Será que ate meio de julho ja da p/ ficar claro isso? Porque depois disso esse café que tenho da safra anterior ja é considerado velho e me falaram que ele uns 50-100 no valor. Grato pela ajuda.
amarildo josé sartóri vargem alta - ES
Produtores de café deste Brasil, sabemos que o queijo é pequeno, então, deixem os grandes ratos brigarem...não vendam.Respeitosas saudações.
amarildo josé sartóri vargem alta - ES
A questão não é "a sorte está lançada", são fatos, estudos, e aí entra principalmente os realizados pelo PROCAFÉ e relatos veiculados através da mídia por inúmeras pessoas respeitadas e conceituadas como o Matiello. Embasados nessas informações que chegamos a um consenso. Dentro de um cenário normal, é claro que os produtores sabem produzir, no entanto, diante das adversidades climáticas que o cinturão de café atravessou, não é preciso ser autoridade no assunto para saber que os estragos e prejuízos serão enormes. O USDA por sua vez, com toda sua tecnologia já demonstrou que não acerta tudo e isso favorece principalmente o especulador. Além disso, são poucos os produtores que podem se dar ao luxo de investir 10 a 15 dias do seu tempo e dos seus escassos recursos, percorrendo lavouras verificando as realidades, e nem é preciso, basta olhar dentro da sua propriedade.
Carlos Uberlândia - MG
Ali escrevi errado, eu quis dizer se ate +-20 de julho o mercado ja perceberia a baixa safra e isso se refletiria nos preços.
Carlos Uberlândia - MG
Amigos cafeicultores peço a opinião de vocês. Ainda tenho um restante da safra do ano passado, e conversei com o cara da cooperativa e diz ele que esse café vai ser considerado novo ate +- 20 de julho. Pergunto: Até lá ja deu p/ o mercado perceber que essa safra atual vai ser sim bem baixa e isso se refletir nisso? Porque se não vendo ate essa data, me falaram que ai o café fica velho e vai perder uns 50,00 no preço. Peço a opinião dos amigos pois não tenho muita experiência em comercializar o café. Obrigado
Bertholdo Fernando Ullmann Patos de Minas - MG
Lurdes Maria, pra você falar que a seca é localizada, quem não andou nas outras regiões foi você. Parabéns por acreditar no USDA e não nos pesquisadores brasileiros.
Lurdes Maria Garça - SP
engraçado ver esses comentários. tem gente que só gosta de comentário ruim do tipo: não vai ter café. engraçado que produtor fica esbravejando que a seca derrubará a produção, mas esse mesmo produtor não investe em passar 10 a 15 dias rodando outras regiões pra saber o que aconteceu mesmo. Aí vem o Matiello e fala que deu seca, ferrugem, escaldadura, broca, lagarta, frio, calor...e por isso não vai dar café...e as pessoas estranham por que ninguém leva essa horda a sério... Galera, o número do USDA nem é tão positivo, apenas corrobora que o problema da seca é localizado. Produtor já aprendeu a produzir, agora tem que aprender a vender. Alea Jacta Est
Ricardino de Rossi Braúna - SP
Ola Boa noite!! E uma vergonha oque estão fazendo com o mercado do café..Ninguem nos ajuda,, só atrapalha.. primeiro veio o IBGE agora a USDA,, quem sera o próxino a dizer q não ouve perdas em nossas lavoura,,A perda é clara meu Deus,,,, só não ve quem não quer.
Bertholdo Fernando Ullmann Patos de Minas - MG
La vem o USDA....logo vai vir o IBGE(sumiu?). Estamos precisando de um Liones Severo para a cafeicultura.
Frank Scanavachi Guapé - MG
Porque já não dizem então de uma vez que a seca não prejudicou a safra de café e vamos colher 60 milhões de sacas!!! Que a chuva de abril fez com que os grãos enchessem do dia para a noite e o café não necessita de água para produzir.