Café segue em baixa e amplia perdas em NY nesta quarta-feira
Os futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) seguem em queda no início da tarde desta quarta-feira (18). O mercado dá continuidade ao recuo da sessão anterior, e ainda se mantém abaixo do patamar de US$ 1,70 por libra-peso no vencimento julho, registrando na manhã de hoje máximas de US$ 170,50 e mínimas de US$ 166,00 por libra-peso – uma variação de mais de 400 pontos.
O contrato setembro/14, por volta das 7h50 (horário de Brasília), trabalhava com baixa de 25 pontos, cotado a 171,70 centavos de dólar por libra-peso, enquanto às 12h58 os valores continuaram a cair para 169,70, queda de mais de 225 pontos. Dezembro também baixou 1,28% e registrou US$ 173,25 por libra-peso.
Para Marcus Magalhães, diretor executivo da Maros Corretora, a semana deverá ser de um mercado lento, já que o Brasil tem o feriado de Corpus Christi nesta quinta-feira (19) e está em plena Copa do Mundo.
Além disso, a volatilidade ainda é mantida frente às incertezas que seguem rondando a safra brasileira e qual será seu real tamanho. Paralelamente, faltam notícias sobre o clima no país, o que também favorece a falta de direcionamento das cotações.
Exportações
O departamento de alfândega do Vietnã registrou queda de 34,8% das exportações de café do mês de maio em relação ao mês anterior, abril. Mesmo assim, de janeiro a maio, as embarcações aumentaram em 32,6% para 936.395 toneladas. O país é o principal produtor de café robusta do mundo.
O Quênia também registrou queda nas vendas do café. Segundo o Banco Central do país, no acumulado da safra até fevereiro houve uma perda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior para 37.411 toneladas, ante 43.539 toneladas. O mercado nacional não é grande, mas o país africano produz café de alta qualidade.
Enquanto isso, o Brasil – maior produtor mundial de café arábica - segue em ritmo bom, com um volume de 13,4% maior de exportações no mês de maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, para 2.923.115 sacas, ante 2.577.233. Já a receita apresentou aumento de 19,5% na mesma base comparativa, fechando em US$ 539,515 milhões. Apesar de ter sofrido a maior estiagem em décadas no início deste ano, as colheitas recordes por dois anos consecutivos deixaram o país com bom estoque para as vendas.