Café: informações sobre safra 2014 apóiam altas de 855 pontos em NY

Publicado em 18/07/2014 16:20

Seguindo as tendências altistas de muitos analistas, as cotações do café arábica “estouraram” na sessão desta sexta-feira (18) na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). Os preços subiram cerca de 855 pontos para os contratos mais negociados. 

O vencimento setembro encerrou acima do patamar de 170,00 em 172,40 centavos de dólar por libra-peso. Dezembro anotou 176,25 cents/libra-peso. Março/2015 fechou em 179,65 cents/libra-peso, enquanto maio/2015 registrou 181,85 centavos/libra-peso.

Este panorama já era previsto em muitas análises e deve ter sido impulsionado por informações divulgadas na mídia brasileira sobre a real quebra na safra 2014. 

Segundo o presidente da Assul – Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas Gerais – “a quebra é assustadora. Aquelas previsões e estudos que foram divulgados antecipadamente devem tem números menores, ou no máximo iguais”. 

O superintendente comercial da Cooxupé – maior cooperativa de café do mundo – Lúcio Dias, também demonstra preocupação quanto ao volume da safra nacional. “É difícil neste momento quantificar, mas posso adiantar que ainda estão gastando muitos litros de café para encher uma saca. E os números que falavam de quebra entre 23 a 25% na região podem ser ainda maiores, em cerca de 30%”, relatou ele.

Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, atentou para a atual falta de alguns tipos de café para negociações futuras na cooperativa e Lúcio Dias reiterou que o Brasil pode perder clientes importantes no Leste Europeu por carência de café Rio. “Várias qualidades já sumiram do mercado como o café Rio, o cereja descascada e os de peneiras 17 e 18 de diversas qualidades”, explicou o superintendente. 

Safra 2015 também é preocupante
Outra inquietação que ronda o mercado é a florada para a safra 2015. Com o avanço da colheita de 2014, os olhares se voltam para a próxima produção. 

“O Brasil precisa de 50 a 52 milhões de sacas de 60 quilos de café para exportar e atender a demanda interna. A produção deste ano, segundo previsões, vai girar em torno de 46 a 48 milhões de sacas, ou seja, não vai ser suficiente. Vamos ter que consumir os estoques. O ano de 2015 já vai entrar com estoques mais baixos”, detalhou Carlos Paulino e Lúcio Dias concluiu: “o potencial de produção 2015 é muito preocupante”. 

 

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Tags:
Por:
Talita Benegra
Fonte:
Notícias Agrícolas

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