Café: NY tem mais um dia de baixa com realização de lucros

Publicado em 08/10/2014 17:43

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou esta quarta-feira (8) em mais um dia no campo negativo com realização de lucros, mas já em processo de acomodação ante as recentes volatilidades registradas, a sessão foi marcada por ampla volatilidade. Mesmo com baixa, o mercado segue atento à seca no Brasil que é uma realidade e deve se estender por mais algumas semanas. A tendência, portanto, segue positiva para as cotações.

O contrato dezembro/14 registrou 214,45 cents de dólar por libra peso e o março/15 anotou 18,30 cents/lb, ambos com desvalorização de 190 pontos. O maio/15 fechou o dia cotado a 220,05 cents/lb e 185 pontos negativos e o julho/15 tem 221,10 cents/lb e 160 pontos de queda.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado teve um dia de acomodação. “A sensação que pairou no final dos trabalhos, foi que especulativamente falando, o mercado se acomodou e que fundamentalmente, as variáveis voltaram a falar mais alto, indicando que nem de longe, os problemas existentes foram resolvidos, mesmo porque além de não ter chovido, não há previsão de chuva representativa nem generalizada até o final de mês”, afirma.

De acordo com previsões climáticas da Somar Meteorologia, uma massa de ar seco e um padrão de bloqueio devem manter um quadro de tempo mais aberto em áreas produtoras de café, sem previsão de chuva significativa nas regiões produtoras nos próximos dias.

Um fato que também preocupa é que os mapas climáticos da Climatempo apontam chuva regular na região Sudeste apenas na segunda quinzena de novembro, disse o meteorologista Alexandre Nascimento ontem em entrevista ao NA. De acordo com o cafeicultor e consultor de mercado, Marco Antônio Jacob, devido à seca, ciclo de produção menor (bianualidade), baixo crescimento vegetativo das plantas, redução dos tratos culturais e uma grande quantidade de cafeeiros sendo podados, a produção no Brasil na próxima safra deve ser inferior a 40 milhões de sacas, diz consultor.

>> Estudos matemáticos apontam safra abaixo de 40 milhões de saca em 2015/16

A Cecafé divulgou hoje que a exportação de café verde do Brasil subiu 9,6% em setembro. Os embarques somaram 2,63 milhões de sacas de 60 kg. Houve uma ligeira queda em comparação ao mês de agosto, quando o país exportou 2,77 milhões de sacas.

Mercado interno

De acordo com Magalhães, a paradeira é grande no mercado. “Os compradores ainda estão assustados com as recentes volatilidades e tentam acalmar as cotações. Mas, feliz ou infelizmente, não estão encontrando eco no setor produtivo”, diz.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 caiu após registrar sete dias consecutivos de alta e está cotado 508,68 a saca de 60 kg com recuo de 0,30%. De acordo com o Centro de Estudos da USP, a queda se deve a baixa no valor externo da variedade – agentes internacionais aproveitaram as recentes elevações para realizar lucros.

Seguindo NY, BM&F registra queda para tipo 4/5

O café arábica tipo 4/5 teve mais um dia de queda na BM&F Bovespa.  O vencimento dezembro/14 encerrou cotado a US$ 246,00 a saca de 60 kg com baixa de 0,89%, o março/15 finalizou a sessão com US$ 255,50 e desvalorização de 1,92%. O setembro/15 anotou US$ 267,00 a saca e 0,37% de desvalorização. O tipo 6/7 não teve negócios durante a sessão desta quarta-feira (8).

Londres fecham em queda com realização de lucros

O dia na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) foi de realização de lucros com as altas registradas nas sessões anteriores. O mercado segue atento às informações sobre a safra de robusta no Vietnã. De um lado, traders indicam que a safra do país será grande neste ano. Do outro, a Associação dos Produtores de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa) estima que a produção deva cair.

>> Café no Vietnã deve atingir produção quase recorde

O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.151 por tonelada com queda de US$ 25 a tonelada, o janeiro/15 anotou US$ 2.161 por tonelada e desvalorização de US$ 26.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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