Café: arábica registra leve alta em NY; cotações buscam os US$ 2, diz analista

Publicado em 03/11/2014 09:46 e atualizado em 03/11/2014 10:33

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica anota leve alta na manhã desta segunda-feira (3) em um processo de consolidação. Por volta das 10h52, o contrato dezembro/14 registrava 190,70 cents de dólar por libra peso com alta de 270 pontos, o março/15 anotava 195,05 cents/lb com valorização de 275 pontos, o maio/15 tinha 197,50 cents/lb com avanço de 270 pontos e o julho/15 trabalhava com 199,45 cents/lb com alta de 270 pontos.

Segundo o analista de marcado do Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes, as bolsas operam oscilam ainda em meio ao fator climático, mas as cotações já mostram um processo de consolidação. “O mercado deve continuar subindo e procurando os US$ 2 que reflete bem mais a seca e a escassez de café que vamos enfrentar na próxima safra”, afirma.

Ainda de acordo com o analista, o mercado interno continua travado com os cafeicultores não aceitando os valores ofertados para venda. “Sempre acontece algum negócio, mas o volume é muito abaixo do nível normal”, diz Carvalhaes.

Na sessão anterior, o mercado também fechou com leve alta em uma semana marcada por diversas variáveis como chuva nas regiões produtora e volatilidade cambial. Segundo analistas, as bolsas necessitam de novidades para alcançar novos patamares.

Veja as cotações completas de café nesta segunda-feira (3).

Veja como fechou o mercado do café na última sexta-feira:

Café: NY fecha com leve alta; analista acredita que mercado necessita de novidades

Por Jhonatas Simião

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica fechou com leve alta nesta sexta-feira (31). O vencimento dezembro/14 registrou 188,00 cents de dólar por libra peso com valorização de 40 pontos, o março/15 anotou 192,30 cents/lb com alta de 30 pontos. O maio/15 encerrou a sessão cotado a 194,80 cents/lb com avanço de 35 pontos e o contrato julho/15 fechou com 197,00 cents/lb e alta de 40 pontos.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado dá sinais de que está consolidado e à espera fatos novos.

“A semana no mercado foi marcada por diversas variáveis que deixaram boa parte dos envolvidos estressados. Chuvas nas regiões produtoras, queda nas bolsas, volatilidade cambial no Brasil e a ressaca pós-eleições, tudo serviu de base, para que os dias no negócio de café fossem recheados de emoções mercadológicas”, afirma.

De acordo com o analista, as bolsas internacionais desenharam uma curva mais forte de baixa em alinhamento as chuvas no cinturão produtivo, mas este movimento isolado não teve forças suficientes para imprimir aumento de volume negociado nas mínimas testadas.

Na sessão anterior, o mercado fechou em baixa em meio a fatores técnicos. O Banco Central americano divulgou que vai encerrar os incentivos à economia e no Brasil a elevação do Copom para a taxa Selic em 11,25%. Com isso, os investidores deixaram as commodities para investir em ativos mais seguros.

No entanto, nesta sexta-feira, o dólar encerrou com forte alta após três quedas seguidas e está cotado a R$ 2,4787 na venda com valorização de 2,94%. Os investidores aguardam detalhes sobre a política econômica no próximo governo de Dilma Rousseff,

De acordo com informações reportadas nesta sexta-feira pela agência internacional de notícias Reuters, no mês de setembro as exportações de café no mundo totalizaram 8,15 milhões de sacas de 60 kg. O número representa uma queda de 4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

>> Exportações globais de café recuam em setembro e fecham 2013/14 em queda de 1,5%

Mercado interno

De acordo com Magalhães, o setor produtivo não se intimidou com o comportamento especulativo das bolsas externas, e assim, as praças de comercialização ganharam uma calma mercadológica. “Resumindo, uma coisa é derrubar bolsa e outra bem diferente é comprar café”, diz.

Segundo o analista, tudo indica que teremos a continuidade deste movimento na próxima semana, com chuvas nas regiões produtoras, bolsas lateralizadas, dólar sem convicção e negócios, por tabela, isolados.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta na quinta -feira (30) e está cotado a R$ 439,08 a saca de 60 kg com avanço de 0,06%.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Franca-SP com alta de 3,70% e cotado a R$ 560,00 a saca de 60 kg. O tipo 4/5 de café arábica anotou maior valor em Guaxupé-MG com R$ 510,00 a saca e alta de 2%. Já no tipo 6 duro, o maior valor de negociação foi na cidade Araguarí-MG com R$ 470,00.

No comparativo semanal do tipo cereja descascado, a cidade que apresenta maior variação é Patrocínio-MG, onde o grão registrou queda de 6% de uma semana para outra e está cotado a R$ 470,00. Para o tipo 4/5, a maior variação foi em Poços de Caldas-MG com valorização de 5,84%, agora com R$ 471,00 a saca. O tipo 6 duro também teve variação expressiva na cidade com alta de 4,63% e cotado a R$ 452,00.

Tipo 4/5 fecha no campo misto na BM&F

As cotações do café arábica tipo 4/5 fecharam no campo misto na BM&F Bovespa. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 218,60 a saca de 60 kg e alta de 0,71%, o março/15 anotou US$ 226,50 e valorização de 1,34% e o setembro/15 registrou queda de 0,21% com US$ 239,35 a saca. O tipo 6/7 não teve negócios durante a sessão.

Robusta fecha em baixa em Londres

As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) registraram alta nesta sexta. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.050,00 por tonelada com alta de US$ 14 por tonelada e o janeiro/15 teve US$ 2.047,00 por tonelada com valorização de US$ 10 por tonelada.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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