Café: Bolsa de NY registra queda nesta sexta-feira; OIC estima déficit global para 14/15 e perdas maiores na próxima safra

Publicado em 07/11/2014 16:56 e atualizado em 10/11/2014 10:00

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou esta sexta-feira (7) no terceiro dia consecutivo de queda devido as chuvas e a indução da florada nas principais regiões produtoras de café. No entanto, em algumas cidades as flores ainda estão atrasadas ou não apareceram.

Durante a sessão as cotações chegaram a operar no campo positivo em um movimento de correção técnica, mas os fatores de baixa sobressaíram. O vencimento dezembro/14 registrou 182,40 cents de dólar por libra peso com queda de 135 pontos, o março/15 anotou 186,75 cents/lb com recuo de 125 pontos, o maio/15 teve 189,25 cents/lb e o julho/15 encerrou a sessão com 191,40 cents/lb, ambos com queda de 120 pontos.

Os operadores acreditam que a chuva que caiu no cinturão produtivo e induziu a florada, pode culminar em produção regular para a safra 2015/16. No entanto, de acordo com analistas, a próxima safra já está comprometida e as chuvas serviram apenas para estacar as perdas.

Com essa realidade nas lavouras, a Organização Internacional do Café (OIC) estima que o mercado global de café estará em déficit de 800 mil sacas de 60 kg na temporada 2014/15. Representantes da instituição acreditam ainda que a produção brasileira de arábica também será significativamente afetada na próxima temporada.

» Mercado global de café estará em déficit de 800 mil sacas em 14/15, diz OIC

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a semana foi complexa com vários fatores influenciando nas bolsas, todos os custos para o produtor subindo e o café artificialmente ficando estabilizado em reais.

“A semana foi tumultuada e com adrenalina dos envolvidos nas alturas. Uma conjugação de fatores como alta dos juros, alta nos combustíveis, alta do dólar, falta de chuvas representativas e generalizadas no campo e as cidades e por fim, ao início dos reajustes das tarifas de energia, tudo serviu de base, para que os últimos dias fossem tensos e recheados de emoções”, afirma.

Para a semana a próxima semana que se inicia, o analista acredita que teremos continuidade deste cenário e assim, o setor ou os setores, terão que continuar a conviver com esta cansativa e estressante rotina.

Mercado interno

De acordo com o analista da Maros Corretora, os preços ruins no mercado interno vem sem acompanhados pela contínua falta de liquidez nas praças de comercialização. “O setor produtivo está mandando claro sinais de que não deve ceder no que se refere a venda de café nos atuais níveis de preços e com isso, vai liquidando, dia a dia, qualquer chance de reversão de expectativas para este final de 2014”, afirma Magalhães.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou baixa de 0,22% na quinta-feira (6) e está cotado a R$ 440,54 a saca de 60 kg.

O tipo cereja descascado permanece com maior valor de negociação nas cidades de Franca-SP e Guaxupé-MG com R$ 540,00 a saca de 60 kg. O tipo 4/5 de café arábica anotou maior valor em Guaxupé-MG cotado a R$ 530,00 a saca, preço estável em relação ao dia anterior e o tipo 6 duro também teve maior valor na cidade com R$ 477,00 a saca de 60 kg, mesmo valor do dia anterior.

Tipo 4/5 fecha em baixa na BM&F

As cotações do café arábica tipo 4/5 fecharam no campo misto. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 216,05 a saca de 60 kg e baixa de 1,35%, o março/15 anotou US$ 219,10 e desvalorização de 1,75% e o setembro/15 registrou queda de 0,60% com US$ 233,00 a saca. Para o tipo 6/7 não houve negócios.

Liffe registra alta para o Robusta

As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam em alta nesta sexta. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.018,00 por tonelada com valorização de US$ 12 por tonelada e o janeiro/15 teve US$ 2.020,00 por tonelada com alta de US$ 13 por tonelada.

Veja as cotações completas de café nesta sexta-feira (7).

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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