Café: Após recuo nas duas últimas sessões, Bolsa de Nova York registra leve alta nesta manhã de 4ª

Publicado em 22/06/2016 09:43

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de quarta-feira (22), após recuarem nas últimas duas sessões em ajustes técnicos. Os vencimentos continuam próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso, conquistado na semana passada diante das incertezas climáticas no cinturão produtivo do Brasil.

Mapas climáticos da Somar Meteorologia, inclusive, apontam o retorno de precipitações em áreas no Paraná, São Paulo, Sul e Leste de Minas Gerais nesta semana. Em algumas cidades paranaenses, o acumulado diário pode passar dos 15 milímetros. Essa condição climática poderia, mais uma vez, impactar a colheita da safra 2016/17.

Por volta das 09h41, o contrato julho/16 registrava 139,00 cents/lb com 50 pontos de avanço, o setembro/16 tinha 141,70 cents/lb com 75 pontos de alta. Já o vencimento dezembro/16 anotava 144,25 cents/lb e o março/17 estava cotado a 146,70 cents/lb, ambos com 70 pontos de valorização.

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Veja como fechou o mercado na terça-feira:

Café: Cotações do arábica em NY fecham com leve queda nesta 3ª feira, mas sustentam patamar de US$ 1,40/lb

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (21) praticamente estáveis, após perderem durante a maior parte do dia cerca de 100 pontos nos principais vencimentos. Com essa nova queda, o mercado realiza ajustes técnicos pela segunda sessão consecutiva após os principais vencimentos ficarem próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

O contrato julho/16 encerrou a sessão cotado a 138,50 cents/lb com 100 pontos de queda, o setembro/16 registrou 140,95 cents/lb com 35 pontos de desvalorização. Já o vencimento dezembro/16 anotou 143,55 cents/lb com 25 pontos de baixa, enquanto o março/17 fechou cotado a 146,00 cents/lb com 20 pontos negativos.

De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado do café teve mais um dia de ajustes técnicos, ante seus recentes níveis atingidos. Na semana passada, os contratos do arábica na ICE tiveram alta acumulada de quase 3%. "Os investidores globais estão de olho no clima no Brasil e não se sentem confortáveis em assumir postura vendedora nos terminais", afirma.

Para ele, o cenário baixista deve continuar no mercado no curto prazo. "Não estou esperando grandes volatilidades já que acredito que as variáveis vigentes já foram precificadas pelos operadores de plantão", explica.

De acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia, uma frente fria avança pelo Brasil já nesta terça-feira e deve provocar chuvas no Paraná, São Paulo, Sul e Leste de Minas Gerais durante toda a semana. Em cidades algumas cidades paranaenses, o acumulado diário pode passar dos 15 milímetros.

As recentes chuvas provocaram perdas para os cafeicultores do Brasil, principalmente no Sul de Minas Gerais, onde os grãos entraram em estágio de maturação muito rápido, secaram nos cafezais e caíram. "O grão mais seco é muito mais fácil de cair do pé e se torna café de varrição. Isso afeta bastante a qualidade da bebida", explica. Além disso, "com essa situação, o produtor não consegue mais comercializar o grão como cereja descascado [que tem maior valor de mercado]", afirmou o presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança (MG), Manoel Joaquim da Costa.

Sem a possibilidade de colher o cereja, os cafeicultores perdem mais de R$ 100 por saca. Segundo Costa, a previsão é de que a produção do tipo cairá mais de 50% na região Sul de Minas só neste ano.

De acordo com dados divulgados pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) nesta terça-feira, seus cooperados haviam colhido, até dia 17 de junho, 19,33%, ante 11,32% no mesmo período do ano passado. O levantamento mostra um ligeiro avanço de 6,78% nos trabalhos em relação à última semana, quando o andamento da colheita passava por problemas causados pelas chuvas.

Mercado interno

Com os cafeicultores atentos às condições climáticas no Brasil neste período de colheita, ainda acontecem transações isoladas nas praças de comercialização. "Poucos negócios, ansiedade climática e preços firmes vem dando a tônica da rotina e ao que parece, este cenário deverá ficar neste radar mercadológico por um bom período à frente", afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 560,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 1,79% e saca a R$ 550,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 568,00 a saca e avanço de 0,18%. A maior variação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 0,20% e saca a R$ 492,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Franca (SP), ambas com R$ 515,00 a saca e queda de 0,96%. Oeste da Bahia (AIBA) teve a maior variação dentre as praças verificadas com queda de 2,02% e saca cotada a R$ 485,00.

Na segunda-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 481,96 com queda de 2,24%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta terça-feira com alta expressiva pela terceira sessão consecutiva. O contrato julho/16 anotou US$ 1690,00 por tonelada e alta de US$ 25, o setembro/16 teve US$ 1723,00 por tonelada com avanço de US$ 30 e o novembro/16 anotou US$1737,00 por tonelada também com valorização de US$ 27.

Na segunda-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 392,88 com alta de 0,82%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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