Café: Após três altas seguidas, Bolsa de Nova York realiza ajustes nesta manhã de 6ª feira e volta para US$ 1,45/lb

Publicado em 01/07/2016 09:10

Em ajustes, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de pouco mais de 50 pontos nesta manhã de sexta-feira (1º), após avançarem por três sessões consecutivas acompanhando o câmbio – que chegou ao menor nível em quase um ano – e as incertezas em relação à qualidade da safra 2016/17 do Brasil.

Na sessão de ontem (30), o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, havia alertado para a possibilidade de ajustes para baixo nas cotações. "A qualidade da safra tem decepcionado bastante. Porém, o pico da safra está começando agora e isso pode motivar ajustes para baixo. Acredito que a alta está muito pesada para o mercado", ponderou.

Por volta das 09h02, o contrato julho/16 anotava 145,05 cents/lb com 95 pontos de alta, o setembro/16 tinha 144,95 cents/lb com 70 pontos de queda. Já o vencimento dezembro/16 registrava 147,65 cents/lb e 65 pontos de baixa, enquanto o março/17, mais distante, estava cotado a 150,10 cents/lb também com 65 pontos de negativos.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Bolsa de Nova York fecha em alta pela terceira sessão seguida nesta 5ª feira e se aproxima de US$ 1,50/lb

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira (30), após oscilarem dos dois lados da tabela acompanhando o câmbio e realizando ajustes técnicos. Com esse novo avanço, os vencimentos mais próximos já avançam na casa de US$ 1,50 por libra-peso, o que pode motivar ajustes para baixo.

O contrato julho/16 registrou na sessão de hoje 144,10 cents/lb com 125 pontos de alta, o setembro/16 anotou 145,65 cents/lb com 120 pontos de valorização. O vencimento dezembro/16 fechou a sessão cotado a 148,30 cents/lb com 110 pontos positivos, enquanto o março/17 teve 150,75 cents/lb com 100 pontos de avanço.

"Com as recentes altas, o mercado estava sobrecomprado e iniciou um movimento de baixa no início da tarde. No entanto, o câmbio voltou a chamar a atenção do mercado e acabou dando suporte às cotações", explica o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

O dólar comercial fechou em baixa pelo terceiro pregão consecutivo nesta quinta-feira em meio à ausência do Banco Central no câmbio e a cautela dos investidores em relação ao Brasil. A moeda estrangeira recuou 0,73%, cotada a R$ 3,2133 na venda, menor nível desde 21 de julho de 2015.

Além do financeiro, alguns fatores fundamentais também deram suporte aos preços externos. "A qualidade da safra tem decepcionado bastante. Porém, o pico da safra está começando agora e isso pode motivar ajustes para baixo. Acredito que a alta está muito pesada para o mercado", pondera Machado.

O clima ficou mais seco nos últimos dias e contribuiu para o avanço da colheita no cinturão produtivo do Brasil. No entanto, linhas de instabilidade voltam ao cinturão e podem causar chuvas dispersas sobre a Zona da Mata de Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia até a terça-feira da próxima semana.

As recentes precipitações atrapalharam bastante a qualidade da safra 2016/17, até então vista como uma das melhores dos últimos anos. "Os produtores que conseguiram colher o café cereja descascado, antes das chuvas, o seguram para obter preços melhores", disse ontem (29) o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes.

Mercado interno

Os negócios no mercado interno seguem isolados e os produtores atentos à colheita da safra 2016/17. Segundo Anilton Machado, a procura maior neste momento é por cafés mais finos, que estão mais valorizados. No entanto, o café de menor qualidade, impactado pelas chuvas, também tem gerado renda ao produtor, pois substitui o robusta nas indústrias.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 580,00 a saca e alta de 5,45%. A maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 a saca e recuo de 0,90%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com desvalorização de 1,97% e saca a R$ 497,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 525,00 a saca e queda 0,94%. A maior variação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2% e saca a R$ 510,00.

Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 498,35 com alta de 1,08%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou praticamente estável nesta quinta-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1687,00 por tonelada e queda de US$ 9, o setembro/16 teve US$ 1727,00 por tonelada com avanço de US$ 5 e o novembro/16 anotou US$ 1740,00 por tonelada com valorização de US$ 4.

Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 397,58 e alta de 0,60%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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