Planta resistente à ferrugem prestes a dar seus primeiros frutos na Guatemala
Em 2015, os produtores de café de oito regiões do país receberam a variedade Anacafé 14, resistente à ferrugem, que surgiu do cruzamento entre duas plantas, – catimor e pacamara – em Camotán, Chiquimula, há 30 anos. Ela podem dar seus primeiros frutos no próximo ano.
Marco Tulio Duarte, técnico de café da Anacafé (Associação Nacional do Café) informou que a planta leva entre um e dois anos para produzir o grão.
O especialista disse que os produtores estão satisfeitos com a evolução da planta e esperam resultados positivos.
Duarte explicou que a Anacafé continua avaliando outras plantas, como a F5, que é uma variedade mais estável e homogênea.
Francisco Manchamé e Noé Guerra, que descobriram a variedade, atualmente monitoram entre 60 e 70 quintais por manzana (65,8 a 76,7 sacas de 60 kg por hectare) em condições adequadas de cultivo.
"A planta mãe da Anacafé 14 tem 30 anos e ainda está viva. Como um país nos interessa variedades homogêneas e, por isso, estamos avaliando a F5".
Há outras variedades resistentes à ferrugem, mas elas ainda enfrentam alguns problemas de qualidade ou impacto da ferrugem.
"Essas variedades são descartadas, devemos ser cautelosos para liberá-las"
A variedade Anacafé 14 não está à venda na associação, mas pode ser adquirida pelos produtores interessados diretamente nas fazendas de quem a descobriu.
Duarte disse também que surgiram variedades resistentes à ferrugem do Brasil e de Honduras que, todavia, estão em avaliação.
Projeção
Ricardo Arenas, presidente da Anacafé, disse que a projeção para a colheita 2016/17 é de um pequeno aumento, com 4,10 milhões de quintais de exportação registrados (6,83 milhões de sacas de 60 kg).
O executivo observou que esse número que esse número não contempla o consumo interno e que estão trabalhando para incentivá-lo.
Arenas acrescentou que o custo de produzir café no país é de US$ 150 FOB o quintal (saca de 46 kg) e, na bolsa, esse ano ficou entre US$ 124 US$ 130, mas um bom café em média, está saindo por US$ 168. "O preço não cobre os custos de produção e isso desmotiva o cafeicultor".
Tradução: Jhonatas Simião
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