Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 300 pts nesta 5ª feira e volta a testar US$ 1,30/lb

Publicado em 13/07/2017 17:59

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (13) com alta de mais de 300 pontos. Com isso, o mercado volta a trabalhar acima do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado segue em ajustes após as altas recentes, tem suporte no financeiro e acompanha as informações sobre a oferta mundial.

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 129,35 cents/lb com alta de 335 pontos, o setembro/17, referência de mercado, registrou 131,20 cents/lb com avanço de 360 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 134,80 cents/lb e valorização de 365 pontos e o março/18, mais distante, subiu 365 pontos, fechando a 138,25 cents/lb.

Mercado do café NY - 13/07
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 5ª feira – Fonte: Investing

De acordo com o analista de mercado da Safras & Mercado, o mercado encontrou suporte na sessão, principalmente, de olho nas questões financeiras. "Essa puxada em Nova York está ligada ao dólar no Brasil, paralelamente a isso tem a questão do petróleo e também um pouco de pressão em relação à safra brasileira. Esses fatores ajudaram o café a romper a linha dos US$ 130,00 cents/lb", afirma.

O petróleo tem peso no índice de commodities, pois serve de referência para os fundos atuarem no mercado. O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,02%, cotado a R$ 3,2082 na venda, após acumular queda de 2,76% nos últimos quatro pregões. As informações são da agência de notícias Reuters.

O analista alerta que em momentos que o mercado fica muito influenciado pela questão financeira, também tende a ser mais volátil.

Em menor intensidade, também dá suporte às cotações futuras do grão as informações sobre a safra 2017/18 de café do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. Mapas da Climatempo mostram que o frio pode voltar às regiões produtoras na próxima semana com uma nova frente fria.

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Barabach afirma que nos últimos dias, também com uma frente, os operadores estiveram em atenção no terminal externo, mas o movimento de alta acabou sendo revertido sem a condição climática de baixas temperaturas que se esperava. Além disso, produtores têm relatado problemas de granação.

A colheita de café no Brasil chegou a 56% até dia 11 de julho, segundo estimativa da Safras & Mercado. Levando em conta a estimativa da consultoria para a produção de café em 2017, de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que foram colhidas 28,86 milhões de sacas.

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Já as exportações da safra 2016/17 do Brasil atingiram os níveis mais baixos em cinco temporadas, com cerca de 30 milhões de sacas de 60 kg embarcadas do grão. Os dados são dos dois principais órgãos que fazem esse levantamento ao longo do ano no país, o Cecafé e a Secex, órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O clima desfavorável prejudicou a produção e, consequentemente, impactou as exportações, segundo os exportadores.

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Mercado interno

Os negócios com café seguem isolados nas praças de comercialização do Brasil. Os cafeicultores estão em plena colheita, bastante atentos ao clima que pode ter mudanças na próxima semana e, assim, aguardam melhores patamares de preço para voltarem aos negócios.

"Segundo colaboradores do Cepea, produtores têm preferido separar os melhores grãos para entregas programadas e o cumprimento de contratos", reportou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, na véspera.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (+4,17%) e Guaxupé (MG) (+1,63%), ambos com saca cotada a R$ 500,00. A praça paulista teve a maior oscilação no dia.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 490,00 a alta de 6,52%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 e alta de 4,44%. A maior oscilação no dia.

Na quarta-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 441,40 e queda de 0,33%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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