Café: Cotações do arábica fecham sessão desta 4ª próximas da estabilidade na Bolsa de Nova York

Publicado em 09/08/2017 17:44

Após oscilarem dos dois lados da tabela durante o dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (9) praticamente estáveis. O mercado demonstrou força técnica nos últimos dias ao ficar acima de US$ 1,40 por libra-peso, mas também acompanha as informações sobre a safra 2017/18 do Brasil, que está em plena colheita.

O contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 142,75 cents/lb – estável, o dezembro/17, referência de mercado, registrou 146,25 cents/lb com recuo de 5 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 149,70 cents/lb e desvalorização de 10 pontos e o março/18, mais distante, também caiu 10 pontos, fechando a 151,95 cents/lb.

Mercado do café NY - 09/08/2017
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 4ª feira – Fonte: Investing

Em uma sessão marcada por intensa volatilidade, os preços externos do arábica chegaram a registrar altas e também perdas expressivas durante o dia em realização de lucros. No entanto, as informações sobre a safra brasileira 2017/18, que está em plena colheita e indicadores técnicos voltaram a dar suporte importante ao mercado, que acabou fechando praticamente zerado.

"As previsões meteorológicas mantiveram as perspectivas de temperaturas próximas do normal e condições secas no Brasil. Os produtores ainda estão preocupados com o período prolongado de clima seco, pois está quase no momento de floração. Os relatos de broca que repercutem no Brasil trazem a ideia de perdas adicionais. A colheita no país está começando a diminuir", disse em relatório o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

A colheita de café dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) estava em 82,86% até o dia 5 de agosto, ou 5,63 milhões de sacas de 60 kg. Os trabalhos estão mais avançados em relação ao mesmo período do ano passado, quando 75,34% do total esperado na safra estava com trabalhos finalizados. Já comparada com a semana anterior, a colheita avançou pouco menos de sete pontos percentuais, de acordo com os dados divulgados pela cooperativa nesta terça-feira (8).

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O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou nesta quarta que as exportações de café do Brasil em julho totalizaram 1,75 milhão de sacas, responsáveis por uma receita cambial de US$ 283,4 milhões, e queda de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado. "Os estoques de passagem estavam em níveis reduzidos. Além disso, a nova safra entrou em velocidade reduzida, enfraquecendo a oferta. Contudo, avaliamos que até setembro as exportações devam retomar os níveis normais, pois o resultado da colheita está entrando, ainda que lentamente, no mercado", afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

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Mercado interno

Conforme reporte do Cepea nesta quarta, os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil ganharam um pouco mais de liquidez nos últimos dias com ganhos nos preços do grão. "Expectativas de menor oferta no Brasil têm impulsionado as cotações do café arábica nos mercados interno e externo. [...] Nesse cenário, algumas negociações foram observadas no mercado spot", informou o Centro.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 530,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 6,38% e saca a R$ 500,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 520,00 – estável. A oscilação mais expressiva dentre as praças verificadas no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve alta de 0,62% e saca a R$ 480,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 3,26% e saca a R$ 475,00.

Na terça-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 478,66 e alta de 1,09%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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