Café: Em Nova York, mercado estende as baixas nesta 4ª feira, mas com menos intensidade
Nesta quarta-feira (15), os futuros do café arábica trabalham em campo negativo na Bolsa de Nova York e variações de pouco mais de 30 pontos entre as posições mais negociadas. Perto de 9h20 (horário de Brasília), o contrato dezembro/17 era cotado a 126,75 cents de dólar por libra-peso, enquanto o maio/18 registrava 132,40 cents.
Os preços encontram dificuldade para reagir no cenário internacional mesmo diante de uma menor participação do Brasil no mercado, como explica o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes em entrevista ao Notícias Agrícolas. Segundo ele, as cotações não refletem a realidade brasileira.
Além disso, o que também limita um movimentação de recuperação do arábica é a recente valorização do dólar frente ao real. Nesta terça, a moeda americana voltou a subir frente à brasileira e retomou o patamar dos R$ 3,30, o que pesa de uma forma quase que generalizada sobre demais commodities agrícolas.
A movimentação dos fundos, que revisam suas posições diante de dados do mercado brasileiro - como as exportações e embarques nacioanais e as expectativas sobre a safra 2018/19 - também ajudam a manter os preços sobre pressão em Nova York.
"Cada vez mais a Bolsa de Nova York não reflete o que acontece no mercado físico. Me parece que Nova York refletiu muito mais a rolagem de contratos do dezembro para março do que qualquer coisa, tanto que estava em alta de manhã e depois perto da hora do almoço saiu de cerca de 100 pontos de alta para quase 200 pontos de baixa", diz Carvalhaes.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
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