Café: Primeira sessão do ano na Bolsa de Nova York fecha com valorização de cerca de 400 pts

Publicado em 02/01/2018 16:48

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (2) com alta de cerca de 400 pontos e completaram o quinto pregão seguido de valorização. Depois de ajustes técnicos e suporte de indicadores gráficos nos últimos dias, o mercado teve um dia de rally também diante do câmbio e com recompras de fundos sendo registradas.

O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotado a 130,20 cents/lb com alta de 400 pontos, o maio/18 registrou 132,40 cents/lb com avanço de 385 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 134,70 cents/lb e com valorização de 375 pontos e o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 137,00 cents/lb com 370 pontos de ganhos.

O mercado do café teve na primeira sessão do ano diversos fatores de suporte e novas altas podem ocorrer. "O fechamento acima do nível 130,00 cents/lb dá sinais de que o mercado deverá galgar cotações mais altas. Além do mercado técnico, recompras de posições por parte dos fundos e valorização do real frente ao dólar deram suporte às cotações", disse em o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

O dólar comercial encerrou a sessão desta terça com queda de 1,64%, cotado a R$ 3,2601 na venda, acompanhando o movimento no exterior e com dados de baixa inflação no Brasil. A moeda desvalorizada tende a desencorajar as exportações da commodity pelo Brasil, que é o maior produtor e exportador do grão no mundo.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgou nesta terça que as exportações de café no ano de 2017 voltaram a cair. Quase 10% ante o ano anterior, totalizando 27,46 milhões de sacas de 60 kg. Segundo a Reuters, os números confirmaram a expectativa de que o país teria um segundo ano consecutivo de queda nos embarques.

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Com a quinta sessão seguida no azul, os principais vencimentos no mercado do grão já trabalham na casa de US$ 1,30 por libra-peso, o que favorece os indicadores gráficos. "Isso sugere que uma grande baixa ocorreu e agora podemos ver um viés altista estendido e sustentável no primeiro semestre de 2018", disse à Reuters internacional Shawn Hackett, presidente da Hackett Financial Advisors.

Apesar da alta técnica no mercado do arábica na ICE, ainda pairam sobre o mercado as informações sobre a melhora na produção das principais origens. As previsões climáticas continuam indicando boas chuvas para as principais regiões produtoras brasileiras. Hackett, porém, não acredita mais em safra recorde de cerca de 60 milhões de sacas no país.

Mercado interno

Após as festas de final de ano, algumas praças de comercialização retomaram os trabalhos nesta terça, mas outras ainda estão paradas. Os negócios com café aconteciam lentamente no mercado brasileiro nos últimos dias e somente os produtores que necessitavam de caixa fechavam vendas. O mercado deve voltar a ganhar ritmo nos próximos dias, segundo analistas.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), Franca (SP) (estável) e Guaxupé (MG) (+2,04%), ambas com saca a R$ 500,00. A maior oscilação ocorreu na praça mineira.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com alta de 2,13% e saca a R$ 480,00. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Patrocínio (MG) com saca a R$ 465,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 2,22% e saca a R$ 460,00.

Na quinta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 446,70 e queda de 0,34%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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