Seis maiores estados produtores dos Cafés do Brasil atingiram 98% do volume da safra de 2017
A safra brasileira dos Cafés do Brasil atingiu em 2017 um volume total equivalente a 44,97 milhões de sacas de 60kg, o que representa uma redução de 12,5% em relação à safra anterior. Nesse volume, a produção do café arábica somou 34,25 milhões de sacas, a qual teve uma redução de 21,1%, devido ao ciclo da bienalidade negativa dessa espécie de café, fenômeno que alterna produtividade menor em um ano com maior no ano seguinte. E, em contrapartida, a produção do café conilon totalizou 10,72 milhões de sacas de 60kg, representando um crescimento expressivo de 34,2%, também em relação à safra anterior.
A área total de cultivo dos Cafés do Brasil, em 2017, somou 2,21 milhões de hectares, número que representa uma diminuição de 0,6%. Essa área de cultivo está subdividida em 1,87 milhão de hectares em produção, que também teve redução estimada em 4,3%, e uma área em formação de 344,9 mil hectares com uma expansão apurada de 26,4%, cujos números também foram comparados com a safra de 2016. No ano de 2016, a produção foi de 51,37 milhões de sacas de 60kg e produtividade média de 26,33 sacas por hectare. Com relação à safra de 2017, ora em destaque, a qual teve uma produtividade média de 24,10 sacas por hectare, representou uma variação percentual negativa de 8,5% em comparação com a anterior.
Esses números da produção da safra brasileira, entre vários outros assuntos de interesse do agronegócio café, objeto dessas análises e divulgação, constam do Acompanhamento da Safra Brasileira de Café, V.4 – Safra 2017 – quarto levantamento. Dez. de 2017, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, que está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
Referido Acompanhamento da CONAB demonstra ainda que o maior estado produtor de café do País – Minas Gerais – participou com 54,3% da produção nacional em 2017, pois obteve um volume corresponde a 24,45 milhões de sacas de 60kg, número que foi 20,4% menor que a safra 2016. O segundo estado maior produtor – Espírito Santo – teve uma produção de 8,86 milhões de sacas (19,7%), o terceiro São Paulo 4,41 milhões de sacas (9,8%), seguido pela Bahia, com 3,36 milhões de sacas (7,5%), Rondônia com 1,94 milhões de sacas (4,3%), e, em sexto lugar, o Paraná com 1,21 milhões de sacas (2,7%). Os demais estados produtores corresponderam aproximadamente a 1,7%.
O Levantamento da CONAB ressalta ainda nas suas análises, no que concerne especificamente ao balanço geral da oferta e demanda dos Cafés do Brasil que, com esse volume da safra de 2017, as perspectivas da oferta das duas espécies de café - arábica e conilon - para os mercados nacional e internacional deverá ser restrita, principalmente no período da entressafra. Tal circunstância se deve ao fato de que a demanda total do produto, considerando tanto o consumo interno estimado em 21,5 milhões de sacas, como as exportações, em torno de 30,5 milhões de sacas, números considerados para o fechamento do quadro de suprimento de 2017, será de aproximadamente 52 milhões de sacas que, potencialmente, poderá gerar algum tipo de déficit no abastecimento.
Acesse o site do Observatório do Café e leia na íntegra as análises e números constantes do Acompanhamento da Safra Brasileira de Café, V.4 – Safra 2017 – quarto levantamento. Dez. de 2017, o qual traz informações e dados, além da estimativa da área cultivada, produção e produtividade, também divulga dados sobre o crédito rural na cafeicultura, monitoramento agrícola, avaliação por estado produtor (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e Amazonas), receita bruta, análise de mercado do café beneficiado, parque cafeeiro e calendário de colheita.
Confira todas as análises e notícias divulgadas pelo Observatório do Café no link abaixo: https://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias
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