Café: Bolsa de Nova York fecha sessão desta 2ª com leve baixa e março/18 fica abaixo de US$ 1,20/lb

Publicado em 05/02/2018 16:54

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Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (5) com leve baixa e o vencimento mais próximo já está abaixo de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado recuou pelo sexto pregão seguido com operadores repercutindo as informações sobre melhores condições de produção na safra 2018/19 do Brasil e pressão do câmbio.

Os lotes com vencimento para março/18 fecharam a sessão de hoje cotados a 119,80 cents/lb com queda de 60 pontos, o maio/18 registrou 122,10 cents/lb com recuo de 65 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 124,45 cents/lb e desvalorização de 65 pontos, enquanto que o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 126,80 cents/lb com baixa de 70 pontos.

As melhores condições brasileiras de produção na safra 2018/19 seguem impactando os preços externos do café arábica. A previsão do tempo ainda prevê bons volumes para as origens produtoras do país nos próximos dias. "Esperamos uma safra recorde no Brasil, a questão é saber seu tamanho", disse um negociante. As informações são da Reuters internacional.

O CNC (Conselho Nacional do Café) aponta que ainda é difícil ter um panorama definitivo da safra neste momento e que os movimentos do mercado são especulativos. "Estamos na fase de enchimento dos grãos e, considerando a possibilidade de adversidades climáticas impactarem o desenvolvimento do fruto, não é possível garantir uma colheita substancial neste momento", explicou a instituição em relatório.

O dólar também exerceu pressão sobre as cotações do arábica nesta segunda. A divisa fechou o dia com alta de 1,01%, cotada a R$ 3,2470 na venda, repercutindo o exterior e com investidores cautelosos com o andamento da votação da reforma da Previdência. A moeda estrangeira mais alta ante o real tende a encorajar as exportações da commodity.

A agência de notícias Reuters realizou uma pesquisa com 14 comerciantes e analistas de mercado e concluiu que o abastecimento global de café em 2018/19 terá um superávit com o Brasil, maior produtor e exportador do grão, caminhando para ter uma colheita recorde, mas os preços subirão modestamente até o final do ano.

Leia mais:
» Safra global de café 2018/19 deve ter superávit com oferta recorde no Brasil

Mercado interno

Os negócios com café seguem bastante lentos nas praças de comercialização do Brasil e não há previsão de que esse cenário mude tão cedo. "Colaboradores do Cepea acreditam que produtores devem voltar a demonstrar interesse em negociar maiores volumes de café apenas nos próximos meses, devido à possível necessidade de "fazer caixa" para a colheita da nova safra", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 465,00 e alta de 2,20%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 450,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.

Na sexta-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 439,64 e queda de 0,06%.

» Clique e veja as cotações completas de café

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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