CNC convida diretor executivo da OIC para alinhamento sobre estatísticas brasileiras da cadeia produtiva do café

Publicado em 16/02/2018 10:55

BALANÇO SEMANAL — 12 a 16/02/2018

ESTATÍSTICAS — Dando sequência aos contatos iniciados em novembro de 2017 com a Organização Internacional do Café (OIC) para tratar das estatísticas brasileiras da cadeia produtiva do café, o CNC realizou um convite, na quinta-feira, 15, ao diretor executivo José Sette para participação em um seminário a respeito do assunto.
 
Temos ciência do profundo exame que a OIC está realizando nos dados estatísticos que publica, desde setembro de 2016, em decorrência das discussões realizadas na 117ª sessão do Conselho Internacional do Café, ocorrida em Londres (ING).
 
Devido a isso, notamos que os volumes produzidos pelos países exportadores foram revisados em seu boletim estatístico, inclusive retroativamente até 2011, com o organismo deixando de publicar os números oficiais de safra fornecidos pelo Brasil, estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, como consequência, gerando um acréscimo considerável na oferta nacional de café (produção + estoques iniciais) de 2011 a 2016.
 
A esse respeito, o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, reforçou, por telefone, em janeiro, sua preocupação ao diretor da OIC e disse que é necessário ter conhecimento da metodologia utilizada pela Organização para estimar os números que tem divulgado sobre o café do Brasil, principalmente no que tange a produção e estoques, sendo fundamental avaliar, junto ao Governo brasileiro, a melhor estratégia para que haja convergência das estatísticas publicadas.
 
Para que isso seja possível, convidamos o diretor executivo da OIC para a participação em um seminário sobre essa matéria de tamanha importância à cafeicultura brasileira e mundial, com representantes dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Relações Exteriores e da Indústria e Comércio Exterior, da Embrapa Café e da Conab, em Brasília (DF), no mês de maio, aproveitando sua vinda ao Brasil para o XXII Seminário Internacional do Café.
 
O CNC também convidará os representantes do segmento privado, como a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Comissão Nacional do Café da CNA, Abic, Abics, Cecafé, além de profissionais das principais cooperativas cafeeiras para, juntos, encontrarmos os melhores caminhos a respeito dessa questão estatística, que vem sendo alvo de discordância permanente entre todos os elos que participam da atividade.
 
MERCADO — Os contratos futuros do café oscilaram pouco no mercado internacional ao longo desta semana, muito em função do feriado de Carnaval no Brasil e também pelo fato de os operadores estarem diante de diversas especulações a respeito da safra 2018 do País.
 
De acordo com analistas, contudo, a possibilidade de uma colheita volumosa já foi descartada, o que os faz crer que os preços não devam receber pressão significativa conforme se projetava anteriormente.
 
Na ICE Futures US, o contrato "C" com vencimento em março de 2018 apresentou leve recuo de 10 pontos em relação à semana antecedente, cotado a US$ 1,2175 por libra-peso no pregão de ontem. Na ICE Futures Europe, o vencimento março do café robusta encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1.818 por tonelada, com ganhos de US$ 25 no período.
 
O dólar comercial, apesar de uma leve recuperação ontem, encerrou o acumulado semanal com perdas de 2%, valendo R$ 3,2359. A divisa foi pressionada pelos fracos dados relativos à economia dos Estados Unidos, onde a produção industrial recuou 0,1% entre dezembro e janeiro, seguindo caminho oposto ao da expectativa de crescimento de 0,3%.
 
Segundo a Somar Meteorologia, nesta sexta-feira há formação de duas áreas de baixa pressão atmosférica na costa do Sudeste e uma área de instabilidade a mais de 10 km de altura, as quais mantêm nuvens carregadas nos quatro Estados da Região. Com isso, deverão ocorrer pancadas fracas, com baixo índice pluviométrico, com exceção apenas às áreas de Ribeirão Preto (SP) e Passos (MG).
 
No mercado físico, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta ficaram em R$ 441,95/saca e R$ 318,68/saca, com leves perdas de 0,65% e 0,44% respectivamente. Segundo agentes, foram registrados alguns poucos negócios com o conilon na quinta-feira, mas, de maneira geral, o mercado permanece com baixa liquidez.
 
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Fonte:
CNC

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