Café: Cotações do arábica fecham sessão desta 5ª com leve alta em NY, mas seguem próximas de US$ 1,20/lb

Publicado em 22/03/2018 17:43

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (22) próximas da estabilidade. No entanto, apesar da curta variação, o mercado externo do grão voltou para o lado azul da tabela depois de duas quedas consecutivas em acomodação técnica e mesmo com valorização de mais de 1% do dólar.

O vencimento maio/18 fechou o dia cotado 119,00 cents/lb com alta de 15 pontos, o julho/18 registrou 121,20 cents/lb com 20 pontos de avanço. Já o contrato julho/18 fechou o dia a 123,40 cents/lb com valorização de 15 pontos e o setembro/18, mais distante, fechou a sessão a 126,80 cents/lb com 15 pontos de alta.

O mercado do arábica oscilou dos dois lados da tabela durante o dia, mas sempre em curtas variações. Os futuros já precificaram os fundamentos e agora oscilam tecnicamente e com o câmbio. "As tendências apontam um mercado de lado para baixista levando em conta os gráficos", disse o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Pelos indicadores técnicos, as cotações do arábica na ICE encontram resistência em 120,05, 125 e 128,80 cents/lb e suportes em 118, 116,90 e 115 cents/lb. Os futuros do grão seguem buscando acomodação ao redor de US$ 1,20 por libra-peso.

"Traders esperam grandes colheitas do Brasil e do Vietnã neste ano e não há nenhuma razão para cobrir posições, de um modo geral. Fala-se em Nova York sobre o bom tempo que está sendo relatado no Brasil", disse Scoville. Mapas da Somar Meteorologia mostram que as chuvas devem diminuir em áreas de arábica nos próximos dias, entre a Mogiana paulista e o Sul de Minas.

Anilton Machado, analista de mercado da Origem Corretora, em entrevista ao Notícias Agrícolas, acrescentou ainda que os compradores de café têm evitado aquisição de grandes volumes à espera da safra brasileira, o que dificulta ainda mais uma reação efetiva das cotações.

Durante o dia, as cotações da variedade pouco repercutiram a alta de 1,27% do dólar comercial ante o real nesta quinta, cotado a R$ 3,3099 na venda, de olho na sinalização do Banco Central de corte adicional na taxa básica de juros e STF (Supremo Tribunal Federal). A divisa mais alta tende a encorajar exportações e pressiona as cotações.

Mercado interno

Os negócios com café arábica no mercado físico brasileiro continuam isolados mesmo com alguns tipos voltando ao patamar de R$ 420,00 a saca nos últimos dias, segundo informa o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

Segundo o órgão econômico, os atuais patamares do grão estão atrelados às recentes quedas nas cotações externas variedade, que, por sua vez, têm sido pressionados pelas perspectivas de elevada produção global, por fatores técnicos e câmbio.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 480,00 e alta de 0,84%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 470,00 e alta de 0,86%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 448,00 e alta de 0,90%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com desvalorização de 2,38% e saca a R$ 410,00.

Na quarta-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 427,16 e alta de 0,22%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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