Café: Bolsa de Nova York testa reação após quedas recentes e sobe mais de 100 pts nesta 4ª feira

Publicado em 18/04/2018 17:38

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Depois de quatro sessões no vermelho, os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (18) com alta de mais de 100 pontos. O mercado externo do grão oscilou no dia com suporte de fatores técnicos e câmbio. Ainda assim, os principais vencimentos seguem abaixo de US$ 1,18 por libra-peso.

O contrato maio/18 fechou a sessão de hoje com alta de 135 pontos, cotado a 114,90 cents/lb, já o julho/18 anotou 117,15 cents/lb com avanço de 130 pontos. Enquanto que o setembro/18 registrou 119,30 cents/lb com valorização de 120 pontos e o dezembro/18, mais distante, anotou 122,80 cents/lb e 120 pontos de ganhos.

Após chegar as mínimas de mais de dois anos na véspera, desde cedo o mercado do arábica na ICE testa reação técnica. "Em um mercado sobrevendido, o dia foi de recompras de posições baseadas basicamente em ajustes e correção técnica", disse em relatório nesta quarta o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

O câmbio também contribuiu para o suporte no mercado do arábica nesta quarta. O dólar comercial fechou o dia com queda de 0,82% ante o real, cotado a R$ 3,3801 na venda, com influência do exterior em dia esvaziado. A moeda estrangeira menos valorizada tende a desencorajar as exportações da commodity e os preços externos tendem a cair.

A queda na véspera foi motivada por um maior otimismo com a safra brasileira. "Traders preveem grandes produções no Brasil e Vietnã neste ano e permanecem aquém do mercado. Em Nova York estão repercutindo sobre bom tempo sendo reportado no Brasil e esperam outra grande safra no país", disse o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Em divulgação recente, a consultoria Safras & Mercado estimou que a produção de café na safra 2018/19 pode totalizar um recorde de até 60,5 milhões de sacas de 60 kg. O volume representaria um aumento de até 20% ante a temporada 2017/18, apontada em 50,6 milhões de sacas. A estimativa ocorre em um cenário de bienalidade positiva para a maioria das lavouras, retomada do conilon e melhores condições climáticas.

Mercado interno

Os negócios com café seguem lentos no mercado brasileiro neste início de semana. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) informa que agentes do setor estão à espera da intensificação da colheita da safra 2018/19. Por outro lado, os exportadores aguardam a entrada da nova temporada.

Leia mais:
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O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 468,00 e alta de 0,65%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,20% e saca R$ 445,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,23% e saca cotada a R$ 434,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu na Média Rio Grande do Sul com baixa de 1,19% e saca a R$ 415,00.

Na terça-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 428,92 e alta de 0,17%.

» Clique e veja as cotações completas de café

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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