Café: Bolsa de Nova York tem leve baixa nesta 3ª feira pressionada pelo dólar e informações da safra brasileira

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (29) com leve baixa. Apesar de recuar mais de 50 pontos pela manhã, o mercado externo reduziu perdas ao longo do dia, mas seguiu do lado vermelho da tabela. O câmbio e informações sobre o Brasil seguem repercutindo.
O vencimento julho/18 registrou na sessão 120,25 cents/lb com queda de 15 pontos e o setembro/18 anotou 122,40 cents/lb com 25 pontos de recuo. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 125,95 cents/lb e desvalorização de 25 pontos, enquanto o março/19, mais distante, caiu 30 pontos, cotado a 129,35 cents/lb.
Depois do avanço de cerca de 2% na semana anterior, que fez com que o mercado retomasse o patamar de US$ 1,20 por libra-peso, e do feriado Memorial Day na segunda-feira (28), o arábica trabalhou em acomodação técnica nesta terça, mas também acompanhou mais um avanço do dólar ante o real e a safra brasileira.
Segundo reporte da Reuters internacional, operadores do mercado relataram que outro enfraquecimento do real brasileiro impulsionou hedge de produtores, já que uma moeda local mais fraca tende a melhorar o retorno de commodities negociadas em dólar. A moeda encerrou o dia com alta de 1,64%, a R$ 3,7286 na venda em movimento de aversão ao risco.
Além disso, após as compras especulativas da semana passada, o mercado externo voltou a acompanhar informações sobre a safra 2018/19 do Brasil, que está em plena colheita. "Há uma grande safra do Brasil, então isso vai pesar no mercado", disse um operador para a agência de notícias. "E o mercado não está correndo para comprar agora".
O Escritório brasileiro do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou durante a semana que a produção de café no Brasil neste ano pode atingir até 60,2 milhões de sacas de 60 kg, um incremento de 18% ante a temporada anterior. Já a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta produção de 58 milhões de sacas no país na safra 2018/19.
Mercado interno
Apesar de avanço recente nos preços, o mercado brasileiro segue com negócios isolados. Além disso, em relatório na última sexta-feira, o Escritório Carvalhaes, com sede em Santos (SP), ressaltou ainda os impactos da greve dos caminhoneiros no país com compradores e vendedores adiando o fechamento de novos negócios.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 510,00 e alta de 0,39%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,82% e saca a R$ 483,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 475,00 - estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,21% e saca cotada a R$ 468,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 477,00 e alta de 0,42%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.
Na segunda-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 454,95 e queda de 0,27%.
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