Café: Bolsa de Nova York fecha sessão desta 6ª com leve alta repercutindo tempo seco no Brasil e demanda

Publicado em 27/07/2018 17:44

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (27) com alta próxima de 80 pontos. O mercado externo acompanha informações sobre a safra brasileira, que está em plena colheita, câmbio e demanda. Na semana, a variedade teve leve queda acumulada de 0,23%.

O vencimento setembro/18 fechou o dia com alta de 80 pontos, a 110,35 cents/lb e o dezembro/18 anotou 113,55 cents/lb com avanço de 70 pontos. Já o contrato março/18 registrou 117,10 cents/lb com 75 pontos de valorização e o maio/19, mais distante, fechou a sessão com 90 pontos de avanço, a 119,70 cents/lb.

Depois de queda de mais de 150 pontos na véspera, o mercado futuro do arábica realizou ajustes na sessão desta sexta, acompanhou o câmbio e também passou a repercutir os receios dos envolvidos no mercado com o tempo seco no Brasil. Essa condição pode atrapalhar o desenvolvimento da próxima temporada.

"Notícias de tempo seco no Brasil, maior produtor do mundo, e sinais de forte demanda de países produtores deram suporte ao mercado", disse para a Reuters internacional Steve Platt, estrategista de futuros na Archer Financial Services.

Entrevista ao Notícias Agrícolas no início da semana, Mario Guilherme Ribeiro do Valle, presidente do Sindicato Rural de Guaxupé (MG), ressaltou que os cafezais na região já sentem a falta de chuvas. No entanto, a colheita esta safra avança e a qualidade dos grãos está acima da registrada no ciclo anterior.

Segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita de café da safra 2018/19 do Brasil foi indicada em 68% até o dia 24 de julho. Os trabalhos avançaram cerca de sete pontos percentuais de uma semana para a outra e diminuíram o atraso com condições climáticas mais secas favorecendo os trabalhos no campo.

"A colheita de arábica continua alinhada à média para o período, com a boa granação confirmando a safra recorde", afirma o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. Os trabalhos no conilon também seguem em bom ritmo. Levando em conta a estimativa da consultoria para esta temporada, já foram colhidas 41,02 milhões de sacas.

Além de atenção com a safra brasileira, a alta na sessão desta sexta-feira também foi motivada pelo câmbio. O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,77%, cotado a R$ 3,7179 na venda, acompanhando o exterior e cena eleitoral no Brasil. A divisa mais baixa tende a desencorajar as exportações da commodity.

Mercado interno

O mercado do café no Brasil seguiu com negócios isolados nesta semana. Os produtores brasileiros ainda seguem focados nos trabalhos de colheita e não aparecem nas mesas de negociação. "Com o avanço da atividade, as cotações internas e externas do grão estão em queda", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 1,15% e saca a R$ 430,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 450,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,45% e saca a R$ 446,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 441,00 e queda de 0,45%. A maior variação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 1,20% e saca R$ 410,00.

Na quinta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 430,71 e queda de 0,71%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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