CNC: Semana de queda para os futuros do café

Publicado em 15/02/2019 13:10
Mercados internacionais foram influenciados pela força do dólar, que exerceu pressão sobre as cotações

Os contratos futuros do café no mercado internacional se viram sujeitos ao fortalecimento do dólar nesta semana, dentro de um movimento amplo de aversão ao risco, o que pressionou as cotações. Também exerceu pressão o posicionamento mais vendido dos fundos de investimentos.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio do contrato "C" teve desvalorização de 415 pontos, encerrando a sessão de ontem cotado a US$ 1,0145 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta foi negociado a US$ 1.537 por tonelada, com recuo de US$ 13.

A divisa norte-americana, até a terça-feira, 12, acumulou quatro pregões positivos consecutivos, recebendo suporte da ausência de informações do Brasil e do movimento do exterior, que favoreceu a alta devido à aversão ao risco dos investidores internacionais em função de dúvidas sobre os rumos das negociações comerciais entre EUA e China, e temor de piora da economia europeia, depois do anúncio de números fracos sobre o crescimento do Reino Unido.

No entanto, a partir desse recorte, com os primeiros pontos da reforma da Previdência divulgados pelo governo no Brasil, o mercado melhorou seu humor e o dólar passou a recuar, reduzindo a valorização semanal. Ontem, a moeda foi cotada a R$ 3,7401, com moderada alta acumulada de 0,2%.

Em relação ao clima no cinturão cafeeiro do Brasil, as atenções se voltam para o volume de chuva que cairá em fevereiro e março, que será determinante para o tamanho da safra 2019. Esses são meses fundamentais para o enchimento dos frutos, definindo o tamanho dos grãos a serem colhidos.

Se as precipitações se regularizarem nesse período, o Brasil deverá colher uma safra dentro do estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 50,5 milhões e 54,5 milhões de sacas. Mas se as chuvas forem abaixo da média e as temperaturas permanecerem elevadas nas principais origens produtoras, teremos que iniciar levantamentos para verificar qual será o porcentual de quebra na colheita deste ano.

No mercado físico, as cotações acompanharam o andamento internacional e recuaram na semana, mantendo afastados os vendedores e reduzida a liquidez. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 405,12/saca e a R$ 304,78/saca, respectivamente, com perdas de 3,1% e 1%.

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CNC

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