Procafé: Desbrota em cafeeiros recepados pode ser feita de forma facilitada

Publicado em 06/05/2019 13:50

Os brotos que crescem, em grande número, nos tocos de cafeeiros recepados podem ter sua desbrota facilitada, pelo uso prévio de um raleamento mecânico, conforme aqui explicitado.

Na condição de lavouras de café bem fechadas e que perderam, de forma drástica, os ramos laterais saídos das hastes  principais, e, ainda, na situação em que se torna preciso reduzir o excesso de hastes ortotrópicas, um tipo de poda indicado é a recepa baixa. Como ela é uma poda que prevê a reforma/renovação total da copa dos cafeeiros e, ainda, por esse motivo, são perdidas praticamente 2 safras, a recepa deve ser a última alternativa no uso de podas.

Quando utilizada, a poda de recepa exige, em seguida, a condução dos brotos, cujo número por planta vai variar de acordo com o espaçamento na linha dos cafeeiros.

A execução da desbrota é feita a mão, com o trabalhador arrancando do tronco o excesso de brotos, deixando de 1 -3 conforme o espaçamento,  seja mais junto ou mais aberto entre plantas na linha. Essa operação demanda bastante trabalho. Quando feita com brotos mais novos, com 10-15 cm, o trabalhador pode observar os brotos com mais facilidade e render mais o seu trabalho de desbrota. No entanto, em áreas maiores ou quando, por algum motivo,  a desbrota for retardada e os brotos crescerem um pouco mais, eles formam um tipo de moita e o trabalho fica difícil e de menor rendimento. Outra causa que leva a um maior número de brotos é na recepa de plantas que possuem várias hastes, assim fica dificultada  a sua condução por desbrota.

Em trabalho de campo recente foi testado um raleio de brotos, feito de forma mecânica, precedendo a desbrota final, está mantida manual. Os cafeeiros recepados, nessa área possuíam brotos já adiantados, com 20-40 cm de comprimento e apareciam na forma de uma pequena moita, com mais de 15-20 brotos  por planta podada. A ideia usada, com sucesso, foi a entrada com facão ou foice cortando lateralmente, dos 2 lados da linha e bem junto ao tronco, de cima pra baixo, assim eliminando, rapidamente, o excesso de brotos, em suma, limpando a planta, deixando os brotos restantes, que ficaram em número de 3-4 apenas na parte mais interna, ou seja, na direção da linha dos cafeeiros, o que se considera ideal. Essa eliminação ou um tipo de raleamento mecânico se tornou uma operação muito rápida e, em seguida, a seleção final, feita a mão, partindo de um pequeno número de brotos e bem visíveis aos trabalhadores, aumentou muito o seu rendimento. No caso foram deixados apenas 2 brotos por planta.

Assim, foi possível verificar que, com a eliminação prévia do excesso de brotos, de forma mecânica e rápida, houve grande facilidade na operação, em seguida, da seleção e condução de brotos no número desejado. Resulta, então, que, com boa observação e interesse, o que se chama vulgarmente de utilizar “arte e engenho”, pode-se melhorar e reduzir custos operacionais, por mais simples que pareçam.

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