Café arábica tem nova queda nesta 2ª na Bolsa de Nova York e julho/19 cai para 89 cents/lb

Publicado em 13/05/2019 17:27

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Os contratos futuros do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (13) com queda de mais de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado estende perdas acompanhando as informações da oferta, mas teve pressão importante da valorização do dólar ante o real no dia.

O contrato julho/19 encerrou a sessão com queda de 120 pontos, a 89,60 cents/lb e o setembro/19 anotou 92,00 cents/lb com baixa de 110 pontos. Já os lotes com vencimento em dezembro/19 recuaram 110 pontos, a 95,50 cents/lb e o março/20 registrou 99,10 cents/lb com 110 pontos negativos.

Segundo Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, os futuros recuaram nesta segunda-feira acompanhando as oscilações cambiais durante a sessão. "O real novamente passou a R$ 4,00 na venda e pressionou a Bolsa", destacou o analista sobre o fechamento baixista na sessão.

O dólar comercial fechou a sessão desta segunda-feira nas máximas de quase três semanas acompanhando os riscos à economia global com as disputas China e Estados Unidos. A divisa encerrou o dia em R$ 3,9792 na venda com alta de 0,88%. Na máxima do pregão, a cotação bateu R$ 4,0054.

O site internacional Barchart destacou a valorização do dólar ante o real, o que acaba estimulando as exportações de café pelo Brasil, maior produtor e exportador. O mercado testou máxima de 90,50 cents/lb durante o dia, mas chegou a recuar em mínimas de 88,83 cents/lb, segundo a Investing.

O mercado do café na ICE teve na sexta-feira uma divulgação importante, que contribui para a percepção de ampla oferta. O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) reportou que em abril as exportações brasileiras totalizaram 2,9 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 370,43 milhões.

"Conforme temos acompanhado desde o início do ano, tudo indica que esse ano-safra seja histórico, confirmando a eficiência com que o país atende à demanda e exigências de seus consumidores tanto no que se refere à qualidade quanto à sustentabilidade", disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Operadores externos também seguem atentos com as informações da colheita do café no Brasil, que ocorre neste momento. "O mercado ainda está preocupado com grandes ofertas, especialmente do Brasil e a baixa demanda. O país está dominando o mercado...", destacou o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Acompanhando essas informações fundamentais, o cafeicultor brasileiro enfrenta os menores patamares de preço desde 2013, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Para o consumidor, no entanto, o produto continua caro.

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Mercado interno

O mercado físico de café segue com negócios lentos, mas picos de transação devem ocorrer mais nos próximos dias com a necessidade de caixa por parte dos produtores com o início da colheita no país. O tipo 6 duro está entre R$ 295,00 e R$ 380,00.

"A expectativa é de que a liquidez se eleve em maio, devido à necessidade de caixa e de liberação de espaço nos armazéns para guardar o café novo", destacou em análise o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 418,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,50% e saca a R$ 390,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) e Araguari (MG) (-2,56%), ambas com saca a R$ 380,00. A maior oscilação ocorreu na Média Rio Grande do Sul com alta de 2,74% e saca a R$ 375,00.

Na sexta-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 382,45 e alta de 0,43%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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