Café: Bolsa de Nova York testa reação na sessão desta 3ª após mínimas abaixo de 90 cents/lb

Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (14) com alta de mais de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado realiza ajustes depois de recuar forte nos últimos dias, mas também acompanha as oscilações do câmbio.
O vencimento julho/19 teve alta de 135 pontos, cotado a 90,95 cents/lb e o setembro/19 subiu 130 pontos, a 93,30 cents/lb. O contrato dezembro/19 fechou o dia com avanço de 135 pontos, a 96,85 cents/lb e o março/20 teve 100,40 cents/lb e 130 pontos de avanço.
O mercado oscilou entre máxima de 92,60 cents/lb e mínima de 90,00 cents/lb, segundo dados da Investing. Depois de duas sessões seguidas no vermelho e de voltar a ficar abaixo do patamar de 90 cents/lb, os futuros do arábica reagiram tecnicamente e com câmbio.
"Os preços do café arábica se recuperaram nesta terça-feira, assim como o robusta máximas de duas semanas. A força do real em relação ao dólar estimulou uma cobertura de posições vendidas no café arábica, que contribuiu para o robusta", disse o site internacional Barchart.
Às 16h37, depois do fechamento do café na ICE, o dólar comercial registrava queda de 0,14%, a R$ 3,974 na venda, acompanhando a disputa comercial entre China e EUA e o noticiário interno. "Um real mais forte desencoraja as exportações de café", disse o Barchart.
O mercado do arábica recuou nos últimos dias, ficando abaixo de 90 cents/lb, acompanhando as informações da oferta e desenvolvimento da safra 2019/20 do Brasil, que é de bienalidade negativa, mas pode ter produção acima de 50 milhões de sacas, segundo consultorias.
"O mercado ainda está preocupado com grandes ofertas, especialmente do Brasil e a baixa demanda. O país está dominando o mercado...", destacou em informativo nesta semana o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café continuam lentos ante os últimos anos, mas sempre ocorrem. "A expectativa é de que a liquidez se eleve em maio, devido à necessidade de caixa e de liberação de espaço nos armazéns para guardar o café novo", disse em análise o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
De acordo com dados levantados pelo centro de estudos da Esalq/USP, o cafeicultor brasileiro enfrentou nos últimos dias os menores patamares de preço desde 2013. Muitos, inclusive, trabalham com preços de negociação abaixo dos custos de produção. Para o consumidor, no entanto, o produto continua caro.
Na segunda-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 380,66 e queda de 0,47%.
0 comentário
Onda de calor no Brasil consolida ganhos do café arábica no fechamento desta 6ª feira (26)
Após Natal, preços do café arábica trabalham em campo misto em NY nesta 6ª (26)
Mais da metade do café analisado em compras públicas no Paraná apresenta fraude, aponta fiscalização
Dedicação e resiliência: Desafios climáticos não conseguiram abalar a qualidade dos cafés brasileiros
Após fortes oscilações, mercado cafeeiro fecha sessão desta 3ª feira (23) em lados opostos nas bolsas internacionais
Preços do café robusta sobem em Londres na manhã desta 3ª feira (23) diante demora nas vendas no Vietnã