Café tem mais um dia de altas, mas ganhos são limitados após projeção da OIC

Publicado em 01/09/2020 16:41 e atualizado em 01/09/2020 17:36

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As cotações do mercado futuro do café arábica finalizaram mais um pregão de valorização nesta terça-feira (1º) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Mercado manteve as valorizações da última sessão, com ganhos limitados após nova projeção da Organização Internacional do Café (OIC). 


Dezembro/20 teve alta de 235 pontos, valendo 131,40 cents/lbp, março/21 subiu 195 pontos, negociado por 131,75 cents/lbp, maio/21 teve alta de 185 pontos, negociado por 132,65 cents/lbp e julho/21 subiu 185 pontos, valendo 133,45 cents/lbp. 

Segundo análise do site internacional Barchart, as altas foram limitadas após a Organização Internacional do Café (OIC) informar que vê um superávit global de café em 2019/20 de +952.000 sacas, um aumento acentuado em relação à previsão anterior de um déficit global de café de -486.000 sacas.  

Fabiana Amaro Traina, Coordenadora da Mesa Agro da Terra Investimentos, destaca que os níveis acima de 130 centavos por libra peso são importantes para o mercado e que a tendência, na visão da Terra Investimentos, é de que o mercado busque alcançar os 140 cents/lbp nesta semana.

 

 

Segundo a analista, fatores técnicos têm impulsionado os preços na Bolsa. Entre eles, a baixa nos estoques certificados da ICE e a quantidade de compras dos fundos, se destacam. "O mercado vem vindo de um movimento de alta muito forte nos últimos dias e uma grande parte da nossa leitura é realmente a queda nos certificados em Nova York, caíram muito no mês de Agosto e estão no menor volume desde março", comenta a analista.

 


Para o conilon, o pregão também foi positivo, com valorização para os principais contratos na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe). Novembro/20 teve alta de U$ 34 por tonelada, valendo U$ 1463, janeiro/21 subiu U$ 35 por tonelada, negociado por 1471, março/21 teve alta de U$ 35 por tonelada, valendo U$  1483 e maio/21 encerrou com alta de U$ 34 por tonelada, valendo U$  1496.


Além dos estoques mais baixos, uma quebra na safra do Vietña vem dando suporte aos preços do conilon. "O CEO da Simexo Dak Lak, o segundo maior exportador de café do Vietnã, prevê que a produção de café do Vietnã 2020/21 cairá -4,8%, citando rendimentos mais baixos de café devido a uma seca este ano durante o período de floração dos cafeeiros no Planalto Central do Vietnã , a maior área cafeeira do país", destacou o Barchart. 

No Brasil, as cotações acompanharam o exterior e finalizaram com valorização: 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,78% em Guaxupé/MG, valendo R$ 642,00. Campos Gerais/MG teve alta de 0,79%, negociado por R$ 640,00, Espírito Santo do Pinhal/SP teve alta de 1,69%, valendo R$ 600,00. Varginha/MG registrou baixa de 0,79%, estabelecendo os preços por R$ 625,00.

O tipo cereja descascado operou com estabilidade nas principais praças. Guaxupé/MG manteve o valor de R$ 685,00, Poços de Caldas/MG manteve R$ 670,00, Patrocínio/MG manteve R$ 660,00. Varginha/MG teve baixa de 0,73%, valendo R$ 680,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 0,72%, valendo R$ 700,00.

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Exportação de café do Brasil avança em agosto; embarques de açúcar e algodão dobram

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SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de café verde alcançaram 191,4 mil toneladas em agosto, alta de 1,3% ante igual período de 2019, enquanto os embarques de milho baixaram 11,4% para 6,48 milhões de toneladas, conforme dados do governo federal divulgados nesta terça-feira.

As maiores vendas externas de café verde --que somaram o equivalente a 3,19 milhões de sacas de 60 kg-- foram registradas em momento em que o país está finalizando a colheita de uma grande safra.

Já o milho marcou recuo nos embarques apesar do avanço no período de colheita da segunda safra do cereal, a maior do país para a cultura, e de melhora na produtividade média nacional da chamada "safrinha".

As exportações de açúcar mais que dobraram em agosto para 3,47 milhões de toneladas, ante 1,59 milhão um ano antes, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em meio a um cenário de aumento de produção do adoçante, firme demanda e preços atrativos.

Na soja, os embarques do mês passado atingiram 6,2 milhões de toneladas, ante 5 milhões no comparativo anual.

Com vendas em patamar recorde ao longo do ano e as compras da China ainda aquecidas, estima-se que a indústria nacional seja obrigada a importar cerca de 1 milhão de toneladas da oleaginosa para complementar a oferta até o fim de 2020.

Outro destaque foi verificado no mercado de algodão, cujas vendas externas passaram de 45,3 mil toneladas em agosto de 2019 para 109 mil toneladas no mês passado.

A cultura foi uma das mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus, com postergação de embarques. Mas os volumes de agosto mostram que o pior pode ter ficado para trás.

Na indústria extrativa, as exportações de minério de ferro recuaram de 33,8 milhões de toneladas em agosto do ano passado para 31,3 milhões no mesmo mês de 2020.

Em contrapartida, as vendas externas de petróleo do Brasil alcançaram 5,47 milhões de toneladas ante 4,76 milhões embarcadas um ano antes, informou a Secex.

No mercado de proteína animal, a exportação brasileira segue impulsionada pelo câmbio e pela demanda da China, em função dos efeitos da peste suína africana sobre os plantéis de porcos daquele país.

Neste contexto, as vendas externas de carne suína do Brasil saltaram quase 80% em agosto, para 87,7 mil toneladas ante 49 mil toneladas registradas no mesmo mês de 2019.

Os embarques de carne bovina in natura refrigerada ou congelada somaram 163,2 mil toneladas em agosto ante 135,1 mil um ano antes, enquanto as vendas de aves passaram de 334,5 mil toneladas para 340,7 mil no período avaliado.

 

 

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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