Com diminuição na oferta global, café tem semana de forte alta em Nova York e Londres

O mercado futuro do café arábica encerra a semana com quedas técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações chegaram a recuar forte durante o pregão, mas finalizam a semana acima dos 150 cents/lbp.
Julho/21 teve queda de 140 pontos, negociado por 152,90 cents/lbp, setembro/21 teve baixa de 140 pontos, valendo 154,80 cents/lbp, dezembro/21 teve baixa de 130 pontos, negociado por 157,25 cents/lbp e março/22 teve desvalorização de 125 pontos, valendo 159,35 cents/lbp.
Apesar da queda neste pregão, no acumulado semanal o contrato com vencimento em julho/21, principal referência no mercado, teve valorização de 8,09% na Bolsa. As altas foram motivadas pela oferta mais restrita do Brasil e também pelos problemas logísticos enfrentados na Colômbia nos últimos dias.
De acordo com analistas, uma redução na oferta global de café vai de encontro com a expectativa de uma demanda mais aquecida no segundo semestre, conforme a vacinação contra a Covid-19 avança em importantes polos consumidores como Estados Unidos e Inglaterra.
Em entrevista exclusiva ao Notícias Agrícolas, Juan David Cardona - Diretor da Associação de Jovens Cafeeiros de Ciudad Bolívar falou sobre a realidade do produtor colombiano. Além dos problemas com embarques, a expectativa é de, pelo menos, 50% de quebra em 2021, também consequência dos problemas climáticos. Porém, ao contrário do Brasil, o excesso de chuva é o que impacta a produção.
+ Exclusivo ao NA: "Praticamente não temos café", relata produtor colombiano
Em Londres, o cenário foi o mesmo e o café conilon também encerrou apenas com baixas técnicas. Julho/21 teve queda de US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 1539, setembro/21 também recuou US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1561, novembro/21 encerrou valendo US$ 1577, também com queda de US$ 8 por tonelada e janeiro/22 também teve queda de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1591.No acumulado semanal o contrato com vencimento em julho/21 avançou 5,70% na Bolsa de Londres.
"A compra de fundos também impulsionou os preços do café, devido à preocupação de que a excessiva seca no Brasil pode reduzir a produtividade do café", destacou a análise do site internacional Barchart. Ainda de acordo com a publicação, a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a chuva da semana passada em Minas Gerais, a maior região de cultivo de arábica do Brasil, mediu 0,2 mm, ou apenas 2% da média histórica, e que a chuva mensurável é improvável até 25 de maio.
No Brasil, algumas praças produtoras acompanharam o exterior e também encerram com baixas no mercado físico.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,75% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 842,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,62%, negociado por R$ 805,00, Campos Gerais/MG teve queda de 1,75%, valendo R$ 842,00 e Franca/SP teve queda de 0,59%, negociado por R$ 845,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,67% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 885,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,58%, negociado por R$ 850,00 e Campos Gerais/MG encerrou com queda de 1,64%, negociado por R$ 902,00.
0 comentário
Falta de chuva no BR faz futuros do café arábica fecharem sessão desta 5ª feira (04) com ganhos de 2%
Preço médio das exportações de café não torrado dispara 46% em novembro/25 frente ao mesmo período do ano passado
Região da Alta Mogiana registra boa florada do café, mas qualidade da próxima safra preocupa os produtores
Baixos estoques pressionam os futuros do café, que trabalhavam com ganhos no início da tarde desta 5ª feira (04)
Conab: Com maior safra de conilon, produção de café é estimada em 56,5 milhões de sacas em 2025
Ministro Fávaro recebe setor cafeeiro para alinhar estratégias de promoção internacional e financiamento da atividade