Café: Em dia marcado pelos números da Conab, arábica tem dia de estabilidade em NY e no BR
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (18) com estabilidade para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O preço oscilou bastante durante o pregão em um dia marcado pelos números da Conab. O mercado também teve conhecimento dos números do Cecafé, divulgados ontem e que mostraram que o Brasil encerrou 2021 com 40 milhões de sacas embarcadas.
Março/22 teve queda de 5 pontos, negociado por 239,60 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 5 pontos, cotado por 239,50 cents/lbp, julho/22 teve queda de 15 pontos, valendo 238,50 cents/lbp e setembro/22 teve baixa de 10 pontos, valendo 237,50 cents/lbp.
Em Londres, o café tipo conilon também recuou. Março/22 teve queda de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 2195, maio/22 teve baixa de US$ 19 por tonelada, cotado por US$ 2164, julho/22 teve queda de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 2154 e setembro/22 teve queda de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 2152.
"Os preços do café na terça-feira fecharam em baixa, com o robusta caindo na perspectiva de recuperação da produção de café no Brasil", destacou a análise do site internacional Barchart.
De acordo com o levantamento da Conab, a produção esperada é de 55,7 milhões de sacas de 60 quilos. A estimativa, caso confirmada, representa um acréscimo de 16,8% em comparação à 2021 – aumento já era esperado devido à temporada anterior ser de bienalidade negativa para a cultura. O resultado só não é melhor que os desempenhos registrados nos anos de 2020 e 2018, as duas últimas safras de bienalidade positiva.
No Brasil, até pelo menos o começo da colheita da safra, os analistas mantêm a projeção de preços firmes para o café. Além do Brasil, também enfrentam problemas na produção importantes países produtores, como Colômbia e Vietnã. O gargalo logístico também segue no radar do mercado, dando suporte aos preços.
O café conilon já estava na defensiva desde quinta-feira passada, com sinais de que a situação da oferta do robusta estava melhorando depois que o Departamento Geral de Alfândega do Vietnã informou que as exportações de café do Vietnã em dezembro aumentaram +57,6%.
No Brasil, o dia também foi marcado por estabilidade nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,67% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.500,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,66%, negociado por R$ 1.518,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.490,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.515,00, Araguarí/MG manteve por R$ 1.500,00 e Franca/SP manteve por R$ 1.530,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,64% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.580,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,64%, valendo R$ 1.578,00 e Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 1.580,00.
1 comentário
Café em Prosa Podcast #185 - Embrapa desenvolve metodologia simplificada para classificar cafés
Na Suíça, evento destaca preparação dos cafés do Brasil para atender regulações mundiais
Mercado cafeeiro encerra 6ª feira (04) com estabilidade após semanas de fortes perdas
O clima seco no Brasil já afetou a produtividade da safra 2025
Falta de chuvas compromete produção de café na Alta Mogiana
Preços do robusta operaram acima dos do arábica no encerramento de setembro
Jose Sanches Marin Santa Cruz do Rio Pardo - SP
Convite aos universitários.
Sou um pequeno produtor de café e não conheço toda a produção nacional, mas tenho muita desconfiança dos levantamentos da Conab que sempre super estima a safra brasileira e provoca muitos prejuízos aos produtores brasileiros. Com as maiores geadas desde 1955 atingindo cafezais do Paraná, São Paulo, Minas Gerais uma das maiores secas da história e ainda assim esta previsão, quem consegue conferir e questionar estes números ? José Sanches MarinNão é só para café, todas as commodities são super dimensionadas para forçar uma queda dos preços, o que eu estranho são os analistas de mercado endossarem esses números!!