Café tem mais um dia de nervosismo com baixa dos estoques e encerra com 4,82% de alta
![]()
Em dia marcado por forte queda nos estoques certificados da ICE, o mercado futuro do café arábica avançou mais de mil pontos no pregão desta quarta-feira (29) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/22 teve alta de 1050 pontos, negociado por 228,25 cents/lbp, dezembro/22 teve alta de 970 pontos, cotado por 225,35 cents/lbp, março/23 teve valorização de 905 pontos, valendo 222,55 cents/lbp e maio/23 teve alta de 880 pontos, valendo 220,90 cents/lbp.
Desta vez, a ICE atingiu o menor índice dos últimos 22 anos, ficando abaixo de um milhão de sacas com 925.536 mil. Mais do que um indicativo de demanda aquecida, o mercado continua reagindo à preocupação com a oferta mais restrita do Brasil que avança a passos lentos com a colheita da produção de 2022.
Para o analista de mercado, Haroldo Bonfá - da Pharos Consultoria, o mercado segue nervoso e sem direção. São muitas variáveis influenciando as cotações e a orientação é que o produtor continue fechando negócios dia após dia, com cautela para não perder as oportunidades que surgirem diante da volatilidade constante.
O início desta semana foi marcado pela queda sequencial dos estoques, mas o mercado reagiu apenas nesta quarta-feira quando o volume atingiu os níveis mais baixos. As cotações avançaram mais de mil pontos na Bolsa de Nova York, chegando a ter negociação acima de 230 cents/lbp durante o pregão.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon acompanhou e também encerrou com valorização. Setembro/22 teve alta de US$ 32 por tonelada, negociado por US$ 2049, novembro/22 teve valorização de US$ 29 por tonelada, cotado por US$ 2044, janeiro/23 teve alta de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 2032 e março/23 teve valorização de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2024.
"Os preços do café são apoiados pelo ritmo lento da colheita de café do Brasil depois que a Safras & Mercado informou na quinta-feira passada que a colheita de café 2022/23 do Brasil estava apenas 35% concluída em 21 de junho, abaixo da média de 5 anos de 44%", complementa a análise internacional do site Barchart.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e também encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.380,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,52%, negociado por R$ 1.340,00, Varginha/MG teve alta de 3,73%, valendo R$ 1.390,00, Campos Gerais/MG registrou alta de 3,65%, cotado por R$ 1.420,00 e Franca/SP teve alta de 3,70%, valendo R$ 1.400,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 3,56% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.455,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,40%, negociado por R$ 1.450,00, Varginha/MG teve valorização de 3,57%, cotado por R$ 1.450,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 3,50%, negociado por R$ 1.480,00.
0 comentário
Após fortes oscilações, mercado cafeeiro fecha sessão desta 3ª feira (23) em lados opostos nas bolsas internacionais
Preços do café robusta sobem em Londres na manhã desta 3ª feira (23) diante demora nas vendas no Vietnã
Média de embarques e faturamento do café torrado nos 15 dias de dezembro/25 recuam no comparativo com mês inteiro do ano passado
Chuvas abaixo do esperado no BR consolidam ganhos do café arábica no fechamento desta 2ª feira (22)
Mapa alerta para café torrado com irregularidades
Mercado cafeeiro mantém volatilidade e avançava moderadamente na manhã desta 2ª feira (22)